Neste sábado (29), no palco Samsung Gallaxy do Lollapalloza, Marina Lima se irritou com membros da equipe de som. “Bando de homem lerdo”, disse. “Aumenta essa porra.”
Em outro momento, voltou a cobrar ajustes. “Aumenta a guitarra, isso é um festival.” O público apoiou a cantora com aplausos e gritos.
O episódio trouxe à memória outro momento de irritação da artista, no Rock Brasil 40 anos, em novembro de 2021. Ela interrompeu a apresentação.
“Parou, parou! Tem um problema aqui”, anunciou aos músicos e à plateia. “A gente não teve tempo de ensaiar, alguém entrou antes.”
No dia 15 de março deste ano, algo parecido aconteceu com Maria Bethânia em show no Rio da turnê dela com o irmão, Caetano Veloso.
“Tudo errado aqui no som”, disse no meio de uma música. “Não dá para cantar com esse som, não. Me respeitem! Não vou cantar com esse som”, anunciou, fulminando a orquestra e os técnicos.
“Para mim está um horror”, explicou. “Só tem chiado no meu ouvido. Não é exatamente o som que eu estava cantando. Não é.”
Na sequência, contou ao público sobre um problema nos bastidores. “Querem me desafiar. Ficaram zangados comigo ontem no ensaio porque briguei com o som.”
Antes de destilar ódio gratuito contra as artistas, deve-se colocar no lugar delas. Imagine estar numa apresentação para centenas ou milhares de espectadores e não ouvir a própria voz ou ser atrapalhado pelo volume de um instrumento.
Marina Lima e Maria Bethânia são conhecidas pela qualidade do seu trabalho. Mais do que natural que se recusem a entregar menos do que podem fazer e daquilo que seus fãs merecem.