O ator Mário Gomes, de 69 anos, perdeu a mansão onde morava com a esposa e dois filhos para o Tribunal de Justiça, no Rio de Janeiro (TJ-RJ), dias após dizer acreditar em fake news sobre ter que dividir a casa com “comunistas”. O imóvel, de frente para a praia, foi leiloado para pagar uma dívida trabalhista com costureiras de sua antiga confecção, no Paraná.
O posicionamento de Gomes após as eleições no Rio de Janeiro, onde foi candidato a deputado estadual pelo PL, repercutiu. Ele declarou acreditar em fake news atribuída ao presidente da Colômbia, Gustavo Petro, de que residências seriam divididas compulsoriamente com outras famílias. “Eu e minha mulher estamos preocupados em perder a nossa casa”, disse o apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL) na ocasião.
O imbróglio judicial envolvendo a mansão começou em 2007. Com o fim da empresa de confecção, Gomes ficou devendo salários a 84 costureiras do Paraná. Na época, a dívida era de R$ 923 mil. A Justiça do Trabalho determinou em 2011 que o imóvel fosse a leilão.
A casa foi arrematada por R$ 720 mil, equivalente a 48% do valor de avaliação, de R$ 1,5 milhão. A compradora é uma associação de servidores públicos, que não teve o título de posse em definitivo.
A mansão era alugada pela plataforma AirBnb, mas o IPTU estava atrasado, acumulando a dívida de R$ 94 mil.