Um cirurgião ortopedista, especializado em cirurgia de mãos, testemunhou nesta seguna (23/5) no processo de difamação movido por Johnny Depp contra Amber Heard. Convocado pela defesa, ele contestou a versão do ator sobre como seu dedo foi mutilado, o que teria acontecido por ocasião de uma agressão de Amber Heard na Austrália.
Depp alega que parte do dedo foi arrancada quando sua ex-esposa quebrou uma garrafa de vodka sobre sua mão durante uma briga no intervalo das filmagens de "Piratas do Caribe: A Vingança de Salazar", em 2015.
Convocado pela defesa da atriz, o médico Richard Moore afirmou no tribunal de Halifax, no estado americano de Virginia, que o padrão da ferida não condiz com a descrição do ator, e que os relatórios médicos de seu tratamento na Austrália não citam a presença de estilhaços de vidro.
"As informações médicas são inconclusivas. Não é consistente com o que costumamos ver nesse tipo de ferimento… O relato diz que a mão estava esticada sobre o bar e a garrafa esmagou o dedo de cima. Mas olhando as imagens, realmente não há uma ferida significativa na parte dorsal do dedo. Era esperado que houvesse danos à unha e a outras partes do dedo", afirmou o médico no tribunal, mostrando as fotos do ferimento.
Segundo Moore, a ferida de Johnny Depp sugere que seu dedo foi prensado entre duas superfícies duras em direções contrárias — por exemplo, tendo ficado preso entre duas portas corrediças de vidro.
Ao dar entrada no hospital na Austrália para tratamento, Depp disse exatamente isso: que tinha imprensado o dedo na porta. Mas depois mudou a história, dizendo que tinha mentido para proteger Heard.
O Dr. Richard Moore também reparou que os documentos do atendimento, além de não fazerem referências a estilhaços de vidro, não detectaram nenhuma outra ferida no corpo do ator.
Vale lembrar que o médico pessoal do ator testemunhou neste mesmo julgamento, dizendo que Depp lhe disse ter machucado o dedo sem querer.
Todo o julgamento está sendo transmitido ao vivo pelo canal americano Court TV, disponível pela internet.
Veja abaixo o vídeo do depoimento do médico.