Jornais como o ‘The New York Times’ e o ‘Washington Post’ anunciaram na noite desta sexta-feira (1) a morte de Iris Apfel. Nascida em Nova York, ela morreu aos 102 anos em sua casa em Palm Beach, na Flórida, o estado preferido dos idosos norte-americanos para aproveitar os últimos anos de vida longe do frio.
Empresária do ramo têxtil e designer de interiores, Iris conheceu a fama quando já tinha 80 anos. A ascensão das redes sociais a transformaram em um ícone da moda. Irônica, se dizia uma “estrela geriátrica”.
Dona de si, ela nunca quis seguir tendências. Foi uma das primeiras mulheres a usar calça jeans. Criou um estilo exagerado e harmonioso. Os óculos de enorme armação redonda eram a marca registrada, assim como o uso de muitas pulseiras e o cabelo curto impecavelmente penteado.
Apfel não tinha medo das cores, estampas e misturas. Nem da opinião alheia. Aliás, essa é a maior lição que deixa a seus discípulos, ou melhor, a qualquer pessoa: viva conforme a própria vontade, sem se importar com a avaliação dos outros. Afinal, sempre vão falar mal mesmo.
Quando tinha 93 anos, Iris ganhou um documentário na Netflix. O lado humano destacou-se sobre a figura exótica. O espectador descobrir a esposa afetiva que se divertia com o marido divertido, Carl, que morreu aos 100 anos pouco depois das gravações. Viveram juntos por quase sete décadas. Não tiveram filhos.
No início de 2019, nossa dama dos palcos Nathalia Timberg estreou a peça ‘Através da Iris’, baseada na vida da influenciadora extravagante. O texto de Cacau Hygino ressaltava as dores e delícias do envelhecimento. A homenageada aprovou o espetáculo. “É realmente incrível ver sua vida interpretada e representada. Obrigada à equipe do Brasil que trabalhou muito para realizar tudo isso”, escreveu Iris Apfel em uma rede social.