A comunidade LGBTQIA+ de São Paulo perdeu um de seus nomes mais conhecidos, Brendha Costa. Detalhes da morte não foram divulgados. Ela se destacou na década de 2000, quando era a ‘rainha do bate-cabelo’ em baladas da capital.
Apresentava-se como drag queen em boates descoladas, como Diesel e Level Club, e casas voltadas ao público gay, a exemplo da Danger e Blue Space.
Seus shows tinham produção caprichada, especialmente de figurino. A paixão por moda transformou Brendha em uma estilista renomada. Passou a desenhar e confeccionar looks de palco para outras artistas.
A drag se tornou musa do estilista Caio Gobbi em desfiles no evento Casa de Criadores. Um dos pontos altos de sua carreira foi subir ao palco do Teatro Municipal de São Paulo, ao lado de outras performers precursoras, em cerimônia do troféu ‘Noite Ilustrada’, que era realizado pela jornalista Erika Palomino, da ‘Folha de S. Paulo’.
Após assumir o gênero feminino na vida civil, Brendha passou a ser considerada uma das mulheres trans mais belas e elegantes do País. Sempre mencionada como diva inesquecível do auge da vida noturna de SP.
A morte de Brendha Costa provocou reações de pesar de vários famosos e personalidades do underground paulistano. Entre elas, Leonora Áquilla, Johnny Luxo, Dudu Bertholini, Marcia Pantera e Fabiola Voguel. “Fez seu nome. Marcou história”, comentou a atriz Amanda Padula.
“Quando uma de nós morre, todas nós morremos um pouco”, escreveu a drag Ikaro Kadoshi, dos programas ‘Caravana das Drags’ (Amazon Prime) e ‘Drag Me as a Queen’ (E! Brasil). “Que perda! Você foi uma das maiores. Foi um ícone. Obrigado por tudo.”