Descoberto aos 11 anos por uma equipe de cinema enquanto jogava futebol com amigos numa rua de Copacabana, João Carlos Barroso se tornou um ator popular nos primeiros anos de atuação na TV.
Conheceu o sucesso ao interpretar Caniço em Estúpido Cupido, a última novela em preto e branco da Globo – e atuou também na primeira em cores, O Bem-Amado.
O personagem que rendeu a ele maior popularidade foi o Jiló de Roque Santeiro. O divertido guia turístico era uma espécie de fofoqueiro oficial da cidade de Asa Branca.
Nas quase três décadas seguintes, João Carlos Barroso, carinhosamente apelidado Barrosinho por conta da baixa estatura, surgiu apenas para papéis coadjuvantes, sem grandes recursos dramatúrgicos.
A sua morte, aos 69 anos, em consequência de um câncer, o coloca na galeria de bons atores subestimados por autores, produtores de elenco e diretores.
Não teve o talento devidamente aproveitado na maturidade. Merecia melhores oportunidades para desempenhar sua versatilidade em cena.
Em seu site oficial, o ator manifestou desprezo pela superficialidade da fama.
“Fazer sucesso é estar bem com a família, com os amigos, com os colegas e também com o trabalho”, disse.
“Este é o meu verdadeiro patrimônio existencial. O resto é passageiro. O resto não me faz falta.”