MP aponta falta de indícios em acusações contra Gusttavo Lima

Investigações envolvem recebimento de valores, venda de uma aeronave e a apreensão de valores em cofre

10 out 2024 - 20h18
(atualizado às 22h45)
Gusttavo Lima chegou a ter prisão decretada, que posteriormente foi revogada
Gusttavo Lima chegou a ter prisão decretada, que posteriormente foi revogada
Foto: Reprodução/Instagram/Gusttavo Lima

Um parecer do Ministério Público de Pernambuco apontou que não há indícios de lavagem de dinheiro ou exploração de jogos ilegais nas acusações contra Gusttavo Lima. O cantor chegou a ter prisão decretada - que posteriormente foi revogada - no âmbito da Operação Integration, que investiga um suposto esquema de lavagem de dinheiro envolvendo bets.

As investigações contra o sertanejo e Balada Eventos e Produções LTDA envolvem recebimento de valores, venda de uma aeronave e a apreensão de valores no cofre da empresa.

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De acordo com o parecer, que o Terra teve acesso, a primeira acusação, que “diz respeito ao recebimento dos valores de R$ 4.947.400,00 e R$ 4.819.200,00, provenientes da empresa Esportes da Sorte”, o relatório reconheceu que “decorram da compra da Aeronave Cessna Aircraft, modelo 560XLS, matrícula PR-TEN”.

O documento reforça que há nos autos “cópia da minuta do contrato de compromisso de compra e venda dessa aeronave, com reserva de domínio; e cópia do distrato do compromisso de compra e venda”.

Também é sinalizada a existência de “cópias de balanço financeiro e de extratos de movimentações bancárias que demonstram a restituição integral de valores recebidos feita pela empresa Balada Eventos e Produções LTDA à empresa Esportes da Sorte”.

Quanto aos valores de R$ 112.309,00, 5.720,00 euros, 5.925 libras e 1.005 dólares, apreendidos no cofre da Balada Eventos e Produções, o texto explicou que “a mera apreensão desses valores no cofre da empresa, desprovida de informações que indiquem sua origem, não implica na conclusão de que são provenientes de jogos ilegais”.

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Por fim, o parecer pede que seja reconhecida a incompetência do Juízo Criminal, “com remessa de cópia dos autos ao referido Juízo, a quem compete apreciar o indiciamento do sócio da empresa requerente, bem como decidir sobre a manutenção das medidas cautelares já deferidas e efetivadas”.

Em nota, a defesa de Gusttavo Lima destacou que o parecer “reflete a convicção de que o artista e suas empresas não cometeram nenhum crime de lavagem de dinheiro, organização criminosa e exploração de jogos ilegais”. A equipe do cantor também reforçou a existência de contratos que comprovam a origem dos valores.

Veja o comunicado completo

“A defesa do cantor Gusttavo Lima informa que o parecer emitido pelo Ministério Público do Estado de Pernambuco sobre a operação Integration reflete a convicção de que o artista e suas empresas não cometeram nenhum crime de lavagem de dinheiro, organização criminosa e exploração de jogos ilegais. 

Reflete também que todas as operações comerciais realizadas com as empresas envolvidas na investigação foram pautadas por contratos e comprovantes bancários, e que o valor apreendido no cofre da Balada Eventos não pode ser atribuído a exploração de jogos ilegais ou qualquer outro crime. Cabe ressaltar que a defesa do cantor já havia enviado à Justiça extratos bancários que comprovam que os valores são fruto de saques da própria conta corrente da empresa”.

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Fonte: Redação Terra
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