A morte de Olivia Newton-John, aos 73 anos, após 3 décadas de tratamento contra um tumor de mama, suscita lembrança de uma trama inacreditável vivida pela estrela do cinema.
Em 30 de junho de 2005, ela foi avisada de que seu namorado, o cinegrafista Patrick McDermott, havia desaparecido a bordo de um barco pesqueiro. Eles estavam juntos havia 11 anos.
A artista ficou desesperada, sem entender o sumiço misterioso. Financiou buscas, mas ninguém encontrou pistas tampouco o corpo. A estrela de ‘Grease’ e ‘Xanadu’ mergulhou em profundo luto.
Três anos depois, a polícia concluiu que o homem havia caído no mar e morrido afogado. Olivia então se permitiu viver um novo amor: passou a se relacionar com o empresário John Easterling.
O passado bateu em sua porta em 2016. A apuração de uma revista descobriu que Patrick McDermott estava vivo. Morava no México e passava temporadas em San Francisco, na Califórnia, mesmo estado onde fica o rancho da atriz.
O ‘morto-vivo’ explicou ter forjado o desaparecimento para escapar de dívidas e do pagamento da pensão ao filho. Ele viveu escondido, com identidade falsa, na companhia de uma namorada.
Chocada, Olivia Newton-John demorou a aceitar a atitude desumana do namorado. A artista se uniu à ex-mulher dele para escrever um livro a respeito, como forma de exorcizar o sofrimento e a decepção que sofreu.
A britânica naturalizada australiana deixa, além de atuações mágicas no cinema e ampla discografia, o legado como ativista contra o câncer. Doou milhões de dólares para pesquisas em busca da cura e cuidados de pacientes. Fez de sua dor pessoal uma obra humanitária.