“O silêncio é de ouro”, diz o ditado popular. No caso da herança de Pelé, há uma discrição extrema que vale muitos milhões de reais.
Os nove herdeiros – a viúva, os 6 filhos e 2 netos – combinaram de não comentar em público, menos ainda com a imprensa, a respeito do inventário.
O processo de levantamento de bens e dívidas do saudoso ex-atacante corre na 2ª Vara de Família e Sucessões de Santos, litoral paulista.
Foi iniciado em fevereiro, cerca de 40 dias após a morte de Pelé, aos 82 anos, em consequência de câncer. Por ele ter deixado um testamento, o inventário obrigatoriamente é judicial.
Não há data certa para ser concluído. Esta modalidade raramente é finalizada antes de 1 ano. Depende da pesquisa de propriedades e do montante em dinheiro, e também de possíveis passivos (como empréstimos em bancos, financiamentos etc,) para enfim se chegar ao saldo que será partilhado entre os beneficiários.
A pedido da família, as informações a respeito do inventário estão sob segredo da Justiça desde março. De acordo com o despacho, a intenção é preservar o respeito à memória de Pelé e a privacidade dos herdeiros.
“Não querem que valores e discussões virem fofoca, como aconteceu com a herança de Gugu”, afirma uma fonte ligada ao clã Nascimento.
A única certeza é que a mansão do Guarujá, perto da Praia de Pernambuco, ficará com a viúva, Márcia Aoki, conforme a vontade manifestada pelo eterno Camisa 10 da Seleção. A empresária viveu a última década de vida do ídolo ao lado dele.
Além de imóveis, carros, aplicações financeiras e dinheiro em contas bancárias, os herdeiros vão usufruir dos rendimentos da marca Pelé em produtos e eventos.
Em 2014, a revista ‘Forbes’ avaliou a fortuna do ex-jogador em 15 milhões de dólares, cerca de R$ 74,5 milhões na cotação atual.