Pavinatto critica o 8 de janeiro e elogia fundador da Globo: “Não ficou de quatro”

Ex-apresentador da Jovem Pan News ataca a “mídia gananciosa” e diz que a manifestação violenta em Brasília foi “atitude de asno”

9 jan 2024 - 10h28

Em seu canal no YouTube, onde se aproxima de 1 milhão de inscritos, o jornalista e advogado Tiago Pavinatto repercutiu a entrevista do ministro do STF e presidente do TSE Alexandre de Moraes a ‘O Globo’. 

A certa altura da análise, o ex-âncora da Jovem Pan News comentou a respeito de Roberto Marinho, que assumiu o jornal carioca aos 21 anos, após a morte precoce do pai, Irineu Marinho, e aos 60 fundou aquela que se tornaria a maior e mais influente rede de TV do país. 

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“Podem falar o que quiser da Rede Globo, podem falar mal da Rede Globo, mas o fundador das Organizações Globo, Roberto Marinho, era um homem da mídia, um vocacionado”, afirmou. 

“Não é à toa que construiu tudo o que construiu e fez o que bem entendeu sem ficar de quatro para os governos. Aliás, os governos é que costumavam ficar de quatro pra ele. Porque ele era um homem da mídia.” 

Na avaliação de Pavinatto, hoje a mídia é “obediente, complacente, gananciosa”. “Não temos mais homens e mulheres no Brasil, temos gananciosos porque não querem deixar de ganhar e medrosos porque não querem perder. E a vocação dos homens e mulheres de mídia, onde está? Não há mais vocação.” 

Sempre destemido ao abordar a política, o jornalista não poupou sarcasmo sobre a efeméride dos atos antidemocráticos de 2023. “O 8 de janeiro foi uma atitude de asno. Fazer manifestação com Brasília vazia? Uma manifestação para a parede, a cadeira, o vidro? Deus que me perdoe, mas você é muito burro. Mas, tudo bem, burrice não é crime.” 

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O comunicador classificou de “mente diabólica” quem idealizou o protesto que resultou no quebra-quebra nos prédios dos Três Poderes. “Foi a maior demonstração de estupidez que já vi.” 

Por outro lado, ele condenou as prisões em massa determinadas por Alexandre de Moraes e apoiadas pelo governo do presidente Lula. “Quem cometeu crime tem de pagar, dentro do devido processo legal”, disse. 

“Pra gente ser preso provisoriamente, preventivamente, os requisitos da legislação devem ser observados. E pra que a gente seja denunciado e possa se defender, tem de ter a individualização da conduta. E quem tem que produzir prova de que foi a minha mãozinha que causou a depredação ou de que foi minha boquinha ou o meu tecladinho que incitou algo da natureza de golpe de Estado de Direito ou de governo, cabe ao Ministério Público junto à polícia.” 

Professor de Direito e autor de livros sobre o tema, Pavinatto enxerga risco à liberdade de expressão no Brasil. “Nós vivemos tempos de medo, não vivemos democracia porque não podemos contestar.”

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Foto: Reprodução
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