Em dezembro de 2024, Leticia Cazarré e Juliano Cazarré compartilharam com seus seguidores que a filha Maria Guilhermina estava novamente internada. Com intercorrências em decorrência de uma infecção grave por germes, bactérias e vírus, a criança de apenas dois anos continua sob observação médica. Em entrevista à Contigo!, o pediatra Miguel Liberato esclareceu mais detalhes da internação da pequena que nasceu com a Anomalia de Ebstein, uma doença cardíaca que afeta a válvula tricúspide do coração.
"No caso da Guilhermina, a mãe se refere a uma bacteremia, que seria uma infecção onde há presença de bactéria no sangue. Esse quadro por si só já pode ser bem grave, e mais ainda quando presente em um bebê que nasceu com problema no coração", explicou.
No início de janeiro, Maria Guilhermina recebeu alta hospitalar. O especialista esclareceu que isso aconteceu após médicos analisarem que ela estava bem e em condições de permanecer em sua residência: "Como qualquer criança, a alta hospitalar só deve ocorrer quando não houver mais riscos à criança, ou seja, quando a melhora clínica for compatível com os cuidados pelos pais em casa. Geralmente, a criança permanece internada até ficar fora de risco, estável e sem necessidade de suporte hospitalar, então pode receber alta para terminar de se recuperar em casa. As orientações no momento da alta são individualizadas de acordo com cada criança e sua necessidade, assim como a retomada das atividades rotineiras".
O médico ainda aproveitou para explicar detalhadamente o que é a doença rara que atinge a filha de Leticia Cazarré e Juliano Cazarré. "Anomalia de Ebstein é uma deficiência cardíaca congênita, ou seja, a criança já nasce com ela. Caracterizada pela má formação da válvula tricúspide, é uma condição bem rara, que atinge cerca de um em cada 10.000 bebês nascidos. Quando essa valva não está funcionando de forma adequada, pode trazer problemas no funcionamento do coração, levando à dificuldade da oxigenação correta do sangue. O quadro clínico pode ser observado já no nascimento", disse.
"Em casos mais graves, pode-se observar uma coloração mais azulada da criança, que é reflexo de um sangue com a oxigenação inadequada. A criança pode apresentar também sopro cardíaco e até alteração na frequência dos batimentos do coração. Já em crianças com a forma mais leve da alteração, podem descobri-la quando maiores. Essa condição também pode levar as crianças a se cansarem com mais facilidade e crescerem menos do que o esperado", finalizou.