Caitlyn Jenner, ex-atleta olímpico que assumiu sua transexualidade em abril, disse que pensou em suicídio nos momentos iniciais de sua transição de homem para mulher. A revelação foi feita durante seu documentário (Eu sou Cait) , que será transmitido pelo canal de televisão americano E! em agosto. O programa da BBC acompanhou uma exibição do primeiro episódio.
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"Estava em casa com uma arma e disse: 'vamos terminar isso bem agora. Chega de dor, chega de sofrimento'", contou ela.
A gravação, de 1h, mostra a reação da mãe e irmãs ao vê-la pela primeira vez como uma mulher e destaca as dificuldades dos parentes durante e após o processo de transição.
Caitlyn se chamava Bruce Jenner. Em 1976, conquistou medalha de ouro na Olimpíada de Montreal no decatlo e, recentemente, alcançou a fama após participar do reality show estrelado por suas filhas adotivas, incluindo a socialite Kim Kardashian.
A mãe de Caitlyn disse: "eu amo muito ele, sempre amei e sempre amarei... É muita coisa para me acostumar, mas conseguirei. Conseguirei". Segundo Pam, uma das irmãs, "a família inteira tem que mudar e entrar em transição com ela."
Caitlyn também afirmou que, apesar de alguns integrantes da família Kardashian terem demonstrado apoiá-la publicamente, o processo não tem sido fácil.
Ela disse que Khloe, Rob, Kourtney e Kylie ainda não foram visitá-la, apesar de inúmeros convites, e que Khloe "não gostou" do artigo recente na revista Vanity Fair, que exibiu a primeira foto dela como uma mulher transgênera.
No documentário, vê-se um lado de Caitlyn desconhecido por telespectadores do E!. Ela ri de si mesma, como num episódio em que joga tênis com Pam. "O que você faz com todas as bolas? Pessoal, temos bolsos", brincou.
É possível ver também como Caitlyn usa sua fama para ajudar outros transgêneros. "Sinto uma imensa responsabilidade. Tenho uma voz mas há tantos outros transgêneros que sequer têm voz."