Poetisa Behbahani, a 'Leoa do Irã', morre aos 87 anos

19 ago 2014 - 16h47

A poetisa Simin Behbahani, defensora dos direitos das mulheres e da liberdade de expressão cujos versos captaram as esperanças e decepções dos iranianos desde a revolução de 1979, morreu nesta terça-feira aos 87 anos, informou a mídia estatal.

Indicada ao prêmio Nobel de literatura, ela foi agraciada com o título informal de “Leoa do Irã” pela coragem que mostrou diante da censura oficial, segundo seus admiradores.

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Depois de quase duas semanas no hospital Tehran Pars, ela morreu em decorrência de problemas cardíacos e respiratórios, de acordo com a agência estatal de notícias Irna. Ela estava quase cega.

“Até agora eu disse o que tinha a dizer, sempre disse que sou contra a morte, contra a matança e contra o aprisionamento”, declarou ela ao serviço persa da rede BBC em 2012.

Ela expressou uma oposição ferrenha à prática do apedrejamento, forma de pena capital raramente utilizada.

Behbahani acrescentou sua voz aos manifestantes que foram às ruas após a polêmica eleição presidencial de 2009 para protestar contra uma suposta fraude eleitoral ao escrever o poema “Parem de atirar meu país aos quatro ventos”.

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Ela verbalizou os ânimos esperançosos, e depois desconsolados, do Irã contemporâneo pós-revolução, usando a forma poética conhecida como gazel, existente há 1.100 anos.

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