O fogo no parquinho deu origem a um incêndio. A troca de textões polêmicos entre Tiago Leifert e Ícaro Silva, após este definir o reality BBB como "entretenimento medíocre", gerou ataques antissemitas contra Leifert e a comunidade judaica em geral nas redes sociais.
A situação se tornou tão séria que rendeu até manifestação da Confederação Israelita do Brasil.
"A Conib (Confederação Israelita do Brasil) presta sua total solidariedade e apoio a Tiago Leifert, vítima de ataques racistas por sua origem judaica", declarou a entidade em comunicado à imprensa.
"O racismo é um mal que, deixado impune, causa não só sofrimento às suas vítimas, como provoca injustiças e conflitos", acrescentou a Conib, informando ainda que tomará "medidas cabíveis" para que os responsáveis pelas ofensas sejam punidos.
Um dos comentários que mais repercutiu no Twitter foi de um perfil que escreveu: "Sobre a polêmica com Tiago Leifert: judeu, né?". Isto foi o estopim para todo o tipo de ofensas contra judeus.
O advogado Fernando Lottenberg, que é comissário da OEA (Organização dos Estados Americanos) afirmou que algumas das manifestações de violência contra o apresentador infringem a lei 7.716, que define os crimes resultantes de raça, cor, etnia ou religião.
Os ataques antissemitas a Tiago Leifert acontecem em meio ao crescimento de grupos neonazistas no Brasil, com o aumento de inquéritos de apologia ao nazismo na Polícia Federal. Há uma semana, grupos neonazistas foram alvos de uma operação da Polícia Civil e do Ministério Público do Rio em sete estados do país após denúncias de discriminação nas redes sociais.