Policial civil acusado de ameaçar Natuza Nery é afastado de suas funções

O policial ameaçou a jornalista da GloboNews em um supermercado em São Paulo

3 jan 2025 - 09h49
(atualizado às 10h04)
Natuza Nery recebeu a solidariedade de outros jornalistas e também de autoridades em repúdio pela agressão em mercado
Natuza Nery recebeu a solidariedade de outros jornalistas e também de autoridades em repúdio pela agressão em mercado
Foto: Reprodução

O policial civil acusado de ameaçar a jornalista da GloboNews Natuza Nery em um supermercado de São Paulo foi afastado de suas atividades operacionais, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP).

A informação foi confirmada ao Terra nesta sexta-feira, 3. O caso aconteceu na segunda-feira, 30, em um supermercado no bairro de Pinheiros, na capital paulista.

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A colunista da Folha de S. Paulo Monica Bergamo revelou que o policial é Arcenio Scribone Junior. Na ocasião, ele abordou Natuza, que fazia compras, perguntando se ela era a jornalista da GloboNews. Na sequência, disse que ela e a empresa para a qual trabalha são responsáveis pela situação do país, e que pessoas como ela “merecem ser aniquiladas”.

No caixa do supermercado, ele teria xingado a jornalista, segundo testemunhas. A Corregedoria da Polícia abriu um inquérito para investigar o caso. O policial negou a ameaça e disse que fez uma crítica ao trabalho da jornalista. 

O Terra não localizou a defesa do policial, mas o espaço está aberto para manifestação. A SSP informou que foram realizadas diligências no supermercado para obter imagens do ocorrido e eventuais testemunhas. Procurada, Natuza Nery não se manifestou sobre o caso.

Após a divulgação da ameaça, famosos, políticos e outras personalidades manifestaram apoio à jornalista pelas redes sociais e cobraram as autoridades por uma investigação mais rápida.

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No X, antigo Twitter, o ministro Gilmar Mendes pediu “pronta resposta do poder público”, e defendeu o trabalho de Natuza. 

"O ataque sofrido por Natuza Nery, em razão do simples exercício diário de seu ofício, exige pronta resposta do poder público, em especial dos órgãos de persecução penal. É de nossa manutenção na pauta civilizatória que estamos a tratar. As democracias dependem do jornalismo profissional; sem ele, não há liberdade de informação e, por conseguinte, liberdade de expressão", escreveu.

Fonte: Redação Terra
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