Um perfil do TikTok revelou imagens da sepultura de Silvio Santos no Cemitério Israelita do Butantã, em São Paulo. O apresentador e fundador do SBT morreu aos 93 anos em 17 de agosto, vítima de broncopneumonia após infecção pelo vírus da gripe H1N1.
Nos comentários da postagem, várias pessoas destacaram a simplicidade do túmulo, coberto por plantas baixas sem flores. Na lápide, chamada de matsevá pelos judeus, não há a foto dele, apenas o nome, as datas de nascimento e morte, e inscrições em sua homenagem.
Em nada lembra as sepulturas cheias de ornamentos de bronze, estátuas imponentes e vasos com flores naturais onde estão enterrados vários artistas. A morada final de Silvio Santos segue a tradição judaica de evitar ostentação.
Envolvo em mortalha de linho branco, o morto é enterrado em caixão simples de madeira – o único detalhe é a estrela de Davi, símbolo presente na bandeira de Israel – diretamente na terra. Não se coloca fotografia no túmulo. Os judeus evitam culto à imagem da pessoa falecida.
Como se vê na lápide em homenagem a Silvio Santos, visitantes (geralmente familiares e amigos próximos) podem deixar no local pedras fornecidas pelo próprio cemitério. É uma maneira de indicar que o morto continua a ser lembrado.
Em algumas ocasiões, Silvio Santos comentou a respeito da finitude. “Não tenho medo de morrer”, afirmou à revista ‘Veja’ em maio de 2000.
“Eu sinto dentro de mim, errada ou acertadamente, que eu já tive outras vidas e que outras vidas terei”, disse no SBT em fevereiro de 1988. “Sei que alguma coisa vai estar reservada para mim no outro lado, uma nova missão.”