Neste domingo (14), Margrethe II da Dinamarca assinou o termo de abdicação após 52 anos no trono. Com isso, seu filho mais velho, Frederik, se tornou rei. Ela deixa de ser monarca, porém, vai manter seu título.
Com a morte de Elizabeth II do Reino Unido em setembro de 2022 e a renúncia de Margrethe II agora, o planeta fica sem nenhuma rainha reinante. Todas as 43 monarquias ativas são chefiadas por homens.
Rainha reinante é aquela que ocupa o trono por hereditariedade após tê-lo herdado do pai ou da mãe, seja por morte ou abdicação do monarca.
Já o título rainha consorte se refere à esposa de um rei. Ela pode ser nobre (pertencente a uma casa real), aristocrática (de uma família tradicional com alguma ligação com a realeza) ou plebeia (vinda do povo), a exemplo da ex-jornalista que virou rainha da Espanha, Letizia Ortiz.
Em algumas monarquias, existe o posto de rainha-mãe, ocupado pela mulher que gerou o rei ou a rainha reinante. No Reino Unido, por exemplo, após a morte do marido (George VI) e a ascensão automática da filha Elizabeth II, a então rainha consorte Elizabeth (sim, elas tinham o mesmo nome) se tornou rainha-mãe.
Na Espanha, após o rei Juan Carlos abdicar em favor do filho, Filipe, em 2014, a rainha consorte Sofia assumiu o título de rainha emérita, ou seja, rainha aposentada, mantendo seu status.
O mesmo não aconteceu com Beatrix dos Países Baixos. Ao passar o trono para o filho, Willem-Alexander, em 2013, ela voltou a usar o título anterior, de princesa. Cada casa real define suas regras.
Recebe o tratamento de rei apenas o homem que herda a coroa do pai ou da mãe. O marido de uma rainha reinante nunca será mais do que príncipe, como foi Philip, o companheiro da rainha Elizabeth II.