Pegue a lista das pessoas mais ricas no Brasil. Algumas são donas de fortunas que chegam a R$ 40 bilhões. Além de muito dinheiro, sabe o que elas têm em comum? A discrição.
Não se expõem em redes sociais e programas de TV. Vivem no luxo, porém, evitam divulgação. Dentro do possível, querem passar despercebidas. Quanto menos chamar atenção, melhor.
Um perfil contrário ao de certos artistas, subcelebridades e famosos de ocasião. Para estes, a vida quase se resume em alardear o que possuem (ou fingem ter) para impressionar os seguidores e a imprensa.
Voluntariamente, mostram detalhes da casa gigantesca, os carros importados, as compras em lojas de grife, os jantares em restaurantes da moda, as viagens em primeira classe... Para eles, se algo é caro, merece ser publicizado para gerar 'likes'.
A advogada Deolane Bezerra, em luta para provar sua inocência, faz parte deste grupo onde o exibicionismo sustenta a imagem midiática. Ela agora paga o preço alto por atrair tantos holofotes com o estilo esbanjador.
Sua prisão serve de alerta a seus pares: órgãos de fiscalização, como a Receita Federal, por exemplo, usam a internet para pesquisar e monitorar contribuintes.
Cruzam informações das redes sociais com dados oficiais a fim de encontrar possíveis inconsistências nas declarações de patrimônio que configurem delitos como sonegação de impostos.
Autoridades policiais e judiciais também recorrem a posts para investigar hipotéticos crimes, a exemplo de lavagem de dinheiro. Quanto mais a pessoa ostenta on-line, mais provas pode produzir contra si mesma.
A superexposição da Dra. Deolane faz brilhar os olhos dos milhões de anônimos que sonham com a mesma rotina de dinheiro ilimitado e glamour. Melhor caírem na real. A riqueza rápida nunca vem sozinha: pode trazer consigo problemas que custem a paz de espírito e até a liberdade.