Dizem que os opostos se atraem. Pode acontecer até no espectro político. Em 2014, Giorgia Meloni estava faminta em um estúdio de TV, onde esperava para ser entrevistada.
Ela começou a comer uma banana. Na volta do intervalo, ela ainda segurava a fruta. O apresentador Andrea Giambruno a arrancou de sua mão antes que a câmera flagrasse a cena.
Foi assim que nasceu a paixão da política de direita e do jornalista de esquerda. Após o primeiro contato nada romântico, passaram a se encontrar discretamente e logo estavam namorando.
Não se casaram oficialmente, mas vivem como marido e mulher. Têm uma filha, Ginevra, de 6 anos. Desde domingo (23), Giorgia é a primeira-ministra da Itália. A primeira mulher no cargo.
Aos 45 anos, a líder do partido Fratelli d’Italia (Irmãos da Itália) é classificada como pós-fascista por suas ideias conservadoras.
De pensamento progressista, Andrea Giambruno, 41, passou a ser chamado de ‘primeiro-cavalheiro’ do País. Ele recebe elogios pela beleza, o carisma e o apoio à mulher, apesar das diferenças ideológicas.
Ainda que exposto na mídia, o apresentador de telejornal evita comentar a respeito de seu relacionamento. Tenta preservar a família de fofocas. Certa vez, não resistiu a fazer uma piada. “Sinto saudade de ver Giorgia comendo aquela banana.”
Ele diz que a prioridade será cuidar da filha enquanto a mulher comanda o governo. Quer também continuar seu trabalho na empresa de comunicação Mediaset, de propriedade do ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi, um rival de Giorgia Meloni dentro da direita italiana.