Quem assistiu ao horário eleitoral viu um rosto familiar no programa de Lula. A carioca Thalma de Freitas, de 48 anos, já apareceu muitas vezes na faixa nobre da TV.
Tem no currículo mais de 20 trabalhos na teledramaturgia. Participou de sucessos como ‘Xica da Silva’, ‘O Clone’ e ‘Malhação’.
Uma de suas personagens mais populares foi Zilda, a empregada de Helena (Vera Fischer) em ‘Laços de Família’.
No cinema, se destacou em ‘O Xangô de Baker Street’, longa baseado no best-seller de Jô Soares.
Em 2004, recebeu o Kikito de Melhor Atriz Coadjuvante no Festival de Gramado pela atuação em ‘As Filhas do Vento’.
Paralelamente à atuação, Thalma mantém uma bem-sucedida carreira musical. Seu álbum ‘Sorte!’, de 2019, foi indicado ao Grammy na categoria jazz latino.
Na quarta-feira, dia 19, às 20h00, ela fará show no Blue Note, no Conjunto Nacional, na Av. Paulista.
A artista também é militante contra o racismo. Em outubro de 2011, sofreu uma abordagem policial ao deixar a casa de uma amiga no Morro do Vidigal, no Rio.
Após ser liberada na delegacia, ela fez um desabafo no Twitter, dando a entender ter sido vítima de racismo. “O que houve é comum para muita gente, hoje falo por quem não tem voz.”
Pouco depois, Thalma se mudou para os Estados Unidos, onde se tornou mãe e mergulhou na cultura negra e na luta antirracista. “Ser preto é foda, é foda de ruim e foda de bom”, declarou à revista ‘Trip’.
Assim que surgiu na propaganda de Lula na TV, a atriz se tornou vítima de postagens gordofóbicas por ter ganhado alguns quilos nos últimos anos.
Sua silhueta maior foi usada para debochar de quem reclama do aumento da fome ao longo da Presidência de Jair Bolsonaro.
Espirituosa, Thalma de Freitas respondeu com ironia. “Eu achei muito engraçado, inclusive porque engordei nos Estados Unidos e não no Brasil do Bozo.”