Os 9 herdeiros indicados por Pelé em seu testamento ainda não sabem exatamente quanto receberão da riqueza deixada por ele, vítima de câncer aos 82 anos em dezembro de 2022.
São eles: a viúva Márcia Aoki, os 6 filhos (Edinho, Kely, Jennifer, Flávia, Joshua e Celeste) e 2 dos netos (Octavio e Gabriel).
O inventário judicial segue sem data para ser concluído. Sob a supervisão de uma juíza de Santos, todos os bens do ex-jogador estãos sendo listados e avaliados, assim como possíveis dívidas que deverão ser quitadas.
Há ainda duas questões em aberto. Novas herdeiras poderão ser reconhecidas legalmente. A primeira é Gemima McMahon, filha da segunda mulher de Pelé, Assíria Seixas Lemos. Os dois ficaram casados entre 1994 e 2008.
Nascida de matrimônio anterior da cantora gospel, Gemima foi criada pelo ídolo do futebol desde os 3 anos como filha afetiva.
Sem ser citada no testamento, a jovem psicóloga conseguiu o apoio dos filhos do eterno Camisa 10 da Seleção para requerer na Justiça o reconhecimento como herdeira.
Moradora da Flórida, ela apresentou dossiê com informações e fotos que provam a ligação paterno-filial com Pelé ao longo de quase 30 anos. Ainda não há uma decisão oficial a respeito.
A outra postulante a ser incluída na partilha é filha de Maria do Socorro Azevedo, com quem o ex-jogador manteve um relacionamento. Não foram divulgadas informações nem foto desta mulher.
Como o próprio Pelé citou no testamento a hipótese da existência dessa herdeira desconhecida, a juíza orientou os beneficiários reconhecidos a fazer o teste de DNA para comprovar a paternidade. O assunto não é comentado pela família. O inventário corre sob sigilo.
Em 1996, a Justiça reconheceu Sandra Regina Machado como filha do lendário atacante. Mas ela não conseguiu o desejado convívio com ele.
Dez anos depois, morreu em consequência de câncer de mama aos 42 anos. Seus filhos Octavio e Gabriel, chamados para conversar com Pelé em seu leito de morte, receberão a fração dela da herança.