Em geral, o artista é pintado pela imprensa como sensível no palco e diante das câmeras, e pouco gentil nos bastidores, inclusive com seus assessores de carreira e funcionários domésticos.
Mas há vários exemplos positivos de celebridades que deram o merecido valor a quem os serviu no dia a dia.
O blog revelou que Jô Soares beneficiou alguns empregados em testamento. Segundo fontes, ele sempre foi generoso com quem trabalhou em seu apartamento. O humorista morreu aos 84 anos em agosto deste ano.
Beatriz Segall incluiu seu motorista, Adilson Leite, na partilha de bens. Ele dirigiu para a atriz por 15 anos. Tornou-se um escudeiro. Recebeu um carro zero quilômetro e uma quantia em dinheiro. A intérprete da inigualável vilã Odete Roitman, de ‘Vale Tudo’, partiu em 2018. Tinha 92 anos.
Viúva e sem filho, Eva Todor incluiu alguns prestadores de serviços em seu testamento. Após sua morte, em 2017, aos 98, seu patrimônio foi dividido entre 7 pessoas próximas, incluindo duas empregadas e um motorista. A atriz também beneficiou a médica que cuidou dela até o fim.
O cantor e compositor David Bowie, vítima de câncer em 2016, fez um gesto de agradecimento ao definir a partilha de sua fortuna. Direcionou 1 milhão de dólares, algo em torno de R$ 5,2 milhões, para a ex-babá de seu primeiro filho, Jones. Ao longo da infância do rapaz, o artista enfrentava o vício em cocaína. A funcionária supriu sua ausência na vida do menino.
Quando abriram o testamento da atriz britânica Diana Rigg, a Olenna Tyrelle de ‘Game of Thrones’, houve uma surpresa. Sua esteticista, de quem foi amiga por 20 anos, havia sido contemplada com 5 mil libras, ou seja, R$ 29 mil na cotação de hoje. A mulher agradeceu, mas recusou. Doou a quantia para o neto da artista.
Marido da rainha Elizabeth, o príncipe Philip era um homem elitista, pouco interessado na vida dos serviçais dos palácios e castelos. Contudo, deixou parte de sua herança para três deles: um secretário particular, um mordomo e um cuidador. Dividiram o equivalente a R$ 173 milhões.
A atriz e ex-modelo Ruth Ford morreu em 2009, aos 98 anos. O maior beneficiário de seu testamento foi o mordomo que trabalhou para ela por 35 anos. O imigrante nepalês ficou com dois apartamentos em Nova York e uma rica coleção de arte. O patrimônio deixado ao funcionário vale hoje cerca de R$ 45 milhões.