Regina Duarte voltou. Não às novelas. Aquela que já foi a mais popular atriz da televisão agora se dedica às artes visuais. Inaugurou sua primeira exposição na loja de molduras Aqua Arte, em Moema, zona sul de São Paulo.
Aos 76 anos, a artista cria telas com flores secas, sementes e outros materiais orgânicos. O título da mostra, ‘A Natureza e Eu: Novas Descobertas’, parece fazer referência à própria Regina, obrigada a se reinventar fora dos estúdios.
O evento de apresentação dos trabalhos reuniu amigos, como a deputada federal Carla Zambelli, e alguns fãs. A filha, a também atriz Gabriela Duarte, marcou presença, abafando os recorrentes boatos de rompimento afetivo entre elas por conta de posições ideológicas conflitantes.
Após 50 anos, Regina rescindiu contrato com a Globo no início de 2020 para ser secretária Especial de Cultura no governo de Jair Bolsonaro. Ficou apenas 77 dias no cargo. A promessa de outra função, na Cinemateca Brasileira, jamais foi cumprida.
A sequência de escândalos envolvendo o clã Bolsonaro não abalou a fé da atriz no ex-capitão. Manteve-se fiel a ele durante as eleições e após a derrota nas urnas para Lula. Foi várias vezes advertida por postagens de desinformação a fim de criticar a esquerda, como mentiras sobre vacinas.
O último trabalho da ex-Namoradinha do Brasil na TV foi a novela ‘Tempo de Amar’, encerrada em março de 2018 na faixa das 18h da Globo. Os boatos de possível ida para a Record e a HBO Max nunca resultaram em fatos. O retorno dela à teledramaturgia parece cada vez mais difícil.