“Eduardo veio me ver”, escreveu Elizabeth II na última vez que abriu seu diário. Horas depois, a rainha se sentiu fragilizada, a família foi chamada e ela morreu aos 96 anos, de causas naturais, no Castelo de Balmoral, na Escócia.
Aquele registro casual de 8 de setembro de 2022, referindo-se a seu secretário particular, Sir Edward Young, encerra mais de 7 décadas de relatos íntimos. Agora, sob ordem do rei Charles III, um ex-assessor dela, Paul Whybrew, organiza suas anotações e cartas para que o ocupante do trono britânico decida o que poderá ser mostrado ao público.
A expectativa é de que registros mais íntimos sejam mantidos sob sigilo, principalmente opiniões de Elizabeth a respeito das polêmicas protagonizadas pelos filhos na mídia e impressões a respeito da princesa Diana.
Ao longo de seu reinado, ela fez o possível para se manter discreta e preservar a privacidade da família. Na intimidade, exprimia posições duras sobre Charles e Andrew, os herdeiros que mais produziram escândalos.