A morte de Rita Lee, aos 75 anos, abre um vazio não apenas na música, mas também na televisão. A cantora estrelou vários especiais, concedia entrevistas divertidas e foi uma das pioneiras do ‘Saia Justa’.
Participou das duas primeiras temporadas do programa do GNT, em 2002 e 2003, naquela que foi uma das melhores formações, ao lado de Mônica Waldvogel, Marisa Orth e Fernanda Young (1970-2019).
Ali, Rita comentava sem filtro a respeito de tudo. Nunca teve medo de se expor. Não estava nem aí para o risco do julgamento público. A autenticidade era sua marca registrada.
Precursora da presença feminina no rock brasileiro, a cantora incentivava as mulheres a dizer o que pensam, amar quem quiser, atingir o prazer sexual sem culpa e jamais baixar a cabeça para o machismo.
A cantora deu enorme contribuição para a teledramaturgia. Entre gravações e regravações, foram quase 80 músicas em trilhas de novelas.
Algumas são inesquecíveis: o grande sucesso ‘Vítima’ (tema de abertura de ‘A Próxima Vítima’, 1995; assista abaixo), ‘Pega Rapaz’ (‘Brega & Chique’, 1987), ‘Chega Mais’ (tema de abertura de ‘Chega Mais’, 1980), ‘Baila Comigo’ (tema de abertura de ‘Baila Comigo’, 1981), ‘Sassaricando’ (tema de abertura de ‘Sassaricando’, 1986), ‘Ovelha Negra’ (‘Mulheres de Areia’, 1993) e ‘Minha Vida’ (tema de abertura de ‘Espelho da Vida’, 2018).
Rita Lee também atacou de atriz em participações especiais. Foi vista em ‘Vamp’, ‘Top Model’, ‘TiTiTi’, ‘Celebridades’ e até no ‘Sai de Baixo’. Sempre interpretando mulheres bem-humoradas e fora da curva.