O belo Especial ‘Eu Ofereço Flores’, de Roberto Carlos, teve um pequeno incidente cortado da edição exibida na TV. Num intervalo, o cantor quase foi ao chão.
Após o fim de uma música, ele se virou para ir ao fundo do palco tomar água. No caminho havia um desnível que o fez tropeçar um pé no outro e se desequilibrar.
Por sorte, o ídolo, de 82 anos, instintivamente se apoiou no piano e, assim, evitou uma queda. Irritado, comentou sobre o ocorrido com seu maestro, Eduardo Lages, que chegou a segurar o braço dele.
O cantor foi atropelado por uma locomotiva quando tinha 6 anos em sua cidade natal, Cachoeiro do Itapemirim, no Espírito Santo. Andou com ajuda de muletas até os 14, quando enfim conseguiu a prótese que deu mais autonomia para se locomover.
O imprevisto no Especial deste ano não foi o primeiro a afetar o ‘Rei’. Em maio de 2014, na abertura de um show em São Paulo, ele também foi vítima de um rebaixamento no palco.
Esses episódios com alguém tão famoso jogam luz sobre um problema social: os riscos que espaços públicos e privados oferecem aos idosos e pessoas com alguma limitação de locomoção, dois perfis mais vulneráveis a quedas potencialmente perigosas.
Falta nivelamento nas calçadas, rampas de acesso e corrimãos, por exemplo. A sinalização e a iluminação também são insuficientes na maioria dos casos. Médicos alertam que tombos podem gerar lesões, fraturas, traumas graves e até a morte.
No momento, o autor de novelas Walcyr Carrasco, 72 anos, se recupera de uma ruptura no fêmur em consequência de queda sofrida ao se levantar da cama. Ele passou três meses em cadeira de rodas. Agora usa bengala. As dores e o tratamento o obrigaram a diminuir o ritmo de trabalho escrevendo ‘Terra e Paixão’.