Sessão de ‘Wicked’ em SP tem protesto e expulsão após denúncia de transfobia

Influenciadora Malévola Alves afirmou ter sido ofendida por uma mulher antes do início do espetáculo

27 mar 2025 - 09h11

Na noite de quinta-feira (26), a sessão do musical ‘Wicked’, em cartaz no Teatro Renault, em São Paulo, atrasou 30 minutos para começar. O motivo foi uma acusação de transfobia. 

A influenciadora Malévola Alves afirmou ter sido ofendida por uma mulher no foyer (hall de entrada) da sala de espetáculo. “Me chamou de homem”, contou em vídeo postado em redes sociais. 

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Já na plateia, ela denunciou o caso e solicitou a retirada da acusada. Recebeu apoio de dezenas de outros espetadores. “Tira, tira, tira!”, disseram em coro. Acomodada em sua poltrona, a mulher se recusou a sair. 

Seguranças do teatro tentaram evitar que o protesto evoluísse para tumulto. Após longo impasse, a acusada de ser transfóbica se levantou e saiu sob vaias. Um produtor subiu ao palco e fez um discurso contra a discriminação de gênero. “Transfobia em ‘Wicked’, não!”, disse, sendo aplaudido. 

Em vídeo gravado no camarim, após a sessão, a atriz Fabi Bang, que interpreta a protagonista Glinda, comentou a confusão. “Um episódio muito chato, desagradável, zero representa a mensagem que esse espetáculo transmite”, afirmou. 

“Essa agressora estava acompanhada de uma criança, que, imagino, tenha seus 10, 11 anos de idade. Imagino que a criança estivesse extremamente envergonhada de estar passando por aquela situação. A criança colocou as mãos no rosto e chorava copiosamente de vergonha.” 

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À esquerda, a plateia indignada; ao centro, a protagonista Fabi Bang (Glinda) e, à direita, o momento em que a mulher acusada de transfobia deixou a plateia
À esquerda, a plateia indignada; ao centro, a protagonista Fabi Bang (Glinda) e, à direita, o momento em que a mulher acusada de transfobia deixou a plateia
Foto: Reproduções

A artista lembrou que a trama de ‘Wicked’ faz justamente “refletir sobre a intolerância alheia e sobre a nossa própria ignorância, às vezes”.  

“Torço para que a criança supere a noite de hoje, uma noite de humilhação, constrangimento e vergonha. Espero que as duas vítimas, tanto quem sofreu a transfobia quanto a criança, consigam esquecer a noite de hoje. Espero que a justiça seja feita e a agressora seja devidamente punida, que aprenda a lição de que transfobia, nem pensar.”

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