A guerra de Israel contra o grupo terrorista Hamas fez vários artistas judeus brasileiros se posicionarem a respeito em público e nas redes sociais.
Descendente do famoso financista judeu Dom Isaac Abravanel, que viveu entre Portugal e Espanha no Século 15, Silvio Santos se manteve em silêncio por enquanto.
O apresentador e empresário sempre preferiu a discrição quando o assunto é a religião herdada dos antepassados.
Ele já fez generosas doações em dinheiro para obras ligadas à comunidade judaica em São Paulo, onde vive. Nunca quis divulgação.
Uma das contribuições possibilitou a construção da sede atual da Sinagoga Ohel Yaacov, no Jardim Paulista, zona sul da capital. A inauguração foi em 2011.
Nas comemorações dos 10 anos do templo, Silvio Santos recebeu uma homenagem. Por conta do resguardo pela pandemia, não compareceu. A mulher dele, a autora de novelas Iris Abravanel, que é evangélica, o representou na cerimônia.
Apesar de não ter um judeu praticante, o artista, de 92 anos, segue alguns preceitos. “Ele vai à sinagoga uma vez por ano, jejua no Yom Kippur (o dia mais sagrado do judaísmo), sabe da responsabilidade que tem para rezar pela elevação da alma de seus pais”, explicou o rabino Sany Sonnenreich no podcast ‘Inteligência Ltda’.
Em 2013, ao conversar com a colunista Mônica Bergamo, da ‘Folha de S. Paulo’, Silvio Santos esclareceu o motivo de não disponibiliza horários no SBT a igrejas evangélicas, estratégia de outros canais de TV para aumentar o faturamento.
“Judeu não deve alugar a televisão para os outros. Você não sabe que os judeus perderam tudo quando deixaram outras religiões entrarem em Israel?”, disse.
“O judeu não pode deixar que na casa dele tenha outra religião. É por isso que não deixo nenhuma religião entrar no SBT, que é uma casa judaica.”
Silvio Santos está afastado dos estúdios desde setembro de 2022. A família nega boatos de doença e aposentadoria. Diz que ele voltará ao ar se quiser.
