Anderson Boneti, sócio do ex-BBB Nego Di, foi preso na segunda-feira, 22, em Santa Catarina, pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul. Ele estava foragido e foi encontrado por agentes em um hotel da cidade de Bombinhas. Em coletiva de imprensa, o responsável pelo caso, delegado Fernando Sodré, informou que ele não ofereceu resistência. Anderson é investigado por estelionato; ele e Di vendiam produtos na internet que nunca eram entregues.
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"Ele estava em um hotel, usava seu próprio nome e estava com um carro alugado. Nós não tínhamos informação do paradeiro dele quando prendemos Nego Di, mas após investigação localizamos e agora ele está à disposição da Justiça para prestar esclarecimentos", disse o delegado.
De acordo com a Polícia Civil, não se sabe a motivação de Anderson para se refugiar em Bombinhas. Na cidade, ele estava levando uma vida tranquila, confortável, mas escondido, com poucas saídas na rua. Não há informações desde quando ele estava no município, mais detalhes sobre o assunto estão em apuração.
Ao falar do histórico criminal do sócio de Nego Di, o porta-voz da Polícia Civil informou que Anderson possui alguns registros de infrações de natureza digital. Ele, inclusive, é acusado de furtar uma das empresas para qual trabalhou. Ele teria desviado cerca de R$ 30 milhões da tal organização.
"Esses outros processos estão na Justiça [...] mostrando que ele não só sabe aplicar golpes, mas como tem conhecimento de invasão de sistemas e distribuição de valores".
Preso por estelionato, fraude digital e suspeita de lavagem de dinheiro, Nego Di já teve três habeas corpus negados. A defesa do comediante alega que ele era apenas o rosto das campanhas e que não tinha ciência de que se tratava de golpes. Porém, de acordo com investigação da Polícia, o ex-BBB e Anderson se conheceram em 2021 e planejaram juntos a loja virtual que fez mais de 370 vítimas. Em 2022, o site foi retirado do ar por decisão da Justiça.
Com a prisão de Anderson Boneti, as autoridades pretendem verificar a movimentação nas contas do rapaz, apurando se há mais indícios de fraude, lavagem de dinheiro, entre outras infrações.