Retratado na 5ª temporada da série ‘The Crown’, da Netflix, Mohamed Al Fayed morreu em 30 de agosto, 1 dia antes de as mortes de seu filho, Dodi, e da Princesa Diana, completarem 26 anos. O casal foi vítima de acidente de carro em Paris durante fuga de um grupo de paparazzi.
O magnata egípcio tinha 94 anos e estava doente havia algum tempo. Seu corpo foi enterrado ao lado dos restos mortais do herdeiro em um jardim de Barrow Green Court, a luxuosa propriedade da família no interior da Inglaterra.
Al Fayed morreu amargurado por não realizar dois objetivos. O primeiro, se tornar cidadão britânico. O governo sempre negou suas solicitações para se naturalizar. A digital dele em escândalos financeiros envolvendo políticos foi usada como argumento. O empresário dizia que a negação da cidadania era mero preconceito racial.
Apesar de ter gastado milhões de euros e libras com advogados e investigadores particulares, não conseguiu provar que Dodi e Diana foram assassinados supostamente a mando do governo do Reino Unido ou de membros da própria família real, então chefiada pela Rainha Elizabeth II.
Mohamed afirmava que o clã Windsor havia decidido eliminar o casal por não aceitar que a mãe de um futuro rei e líder da Igreja Anglicana (o príncipe William, hoje 1° na linha de sucessão) se casasse com um muçulmano e tivesse um filho mestiço.
Radicado em terras inglesas desde 1974, Mohamed criou fortes laços com o país. Foi dono da mais tradicional loja de artigos de luxo, a Harrods, e também do popular time de futebol Fulham.
Ao morrer, deixou um patrimônio de 2 bilhões de dólares, equivalente a R$ 10 bilhões. Entre suas propriedades está o majestoso Hotel Ritz de Paris, de onde Dodi e Diana partiram na Mercedes que se despedaçou contra uma pilastra do Túnel D’Alma na madrugada de 31 de agosto de 1997.