Os 10 minutos de aplausos ao final da projeção de ‘Ainda Estou Aqui’ no Festival de Veneza acenderam novamente os holofotes sobre Fernanda Torres, vencedora como Melhor Atriz no Festival de Cannes, em 1986, por ‘Eu Sei Que Vou Te Amar’.
Seu desempenho como Eunice, viúva do ex-deputado Rubens Paiva, torturado e morto na ditadura, rendeu elogios de veículos influentes como ‘The Hollywood Reporter’, ‘Variety’, ‘Screen Daily’, ‘Deadline’ e ‘The Guardian’.
Ao lado das críticas unanimemente positivas, surgiram apostas de possível indicação ao Oscar 2025. Algumas matérias lembraram que sua mãe, Fernanda Montenegro, que interpreta Eunice na velhice sob o Alzheimer, esteve entre as nomeadas à estatueta dourada em 1999, pela atuação como a 'escrevedora de cartas' Dora em ‘Central do Brasil’, dirigido por Walter Salles, o mesmo de ‘Ainda Estou Aqui’.
O êxito do novo filme no mercado internacional deve ocupar Torres nos próximos meses, exigindo sua presença em mais festivais e em turnê de divulgação. A prioridade ao cinema pode inviabilizar a participação dela em ‘Vale Tudo’.
A atriz, de 58 anos, encabeça a lista de cotadas para viver a vilã Odete Roitman no remake que deve estrear na faixa das 21h em março do próximo ano, como parte das comemorações dos 60 anos da Globo.
Fontes contaram à coluna que a negociação com Fernanda Torres perdeu força nas últimas semanas. Outros nomes foram levantados para o papel. Ela não faz uma novela inteira na emissora desde que protagonizou o remake de ‘Selva de Pedra’, em 1986.
Quinze anos depois, apareceu em 1 capítulo da produção das 19h ‘As Filhas da Mãe’, vivendo a fase jovem de Lulu de Luxemburgo, personagem de sua mãe, Fernanda Montenegro.
A versão atualizada de ‘Vale Tudo’ está sendo escrita por Manuela Dias, de ‘Amor de Mãe’. Tornou-se a grande aposta da Globo para recuperar prestígio no horário nobre após uma série de decepções no Ibope, a exemplo de ‘Um Lugar ao Sol’, ‘Travessia’ e a atual ‘Renascer’.