Uma postagem recente de Thiago Nigro, o Primo Rico, gerou grande repercussão nas redes sociais e dividiu opiniões entre seus seguidores. O influenciador compartilhou um vídeo altamente sensível sobre o aborto espontâneo que sua esposa, Maíra Cardi, sofreu em casa, com imagens do feto.
A atitude gerou críticas e pedidos de posicionamento, mas o que mais chamou a atenção foi a explicação de Maíra sobre o comportamento de seu marido. A influencer afirmou que a atitude de Thiago foi impulsionada por um "leve grau de autismo", algo que ele teria como condição desde a infância.
"A maneira como ele sente e expressa a dor é diferente. O modo como ele lida com o mundo e expõe suas dores pode ser difícil para quem não entende, mas é uma condição, não uma escolha", explicou Maíra, justificando o gesto polêmico. Em maio deste ano, Thiago havia comentado em um podcast com a esposa que estava investigando a possibilidade de fazer parte do espectro autista.
A declaração gerou novos questionamentos sobre seu comportamento, principalmente após o episódio envolvendo o aborto espontâneo. O psicólogo Alexander Bez, especialista em transtornos do espectro autista (TEA), esclareceu o assunto. Maíra mencionou que Thiago pode ter "dissociado" do momento, uma reação comum em cenários traumatizantes. A análise do profissional também pode ser encontrada na Contigo.
Bez complementou, afirmando que a dissociação é uma resposta do cérebro a eventos emocionais intensos, podendo ocorrer com qualquer pessoa, independentemente de ter ou não autismo. Além disso, Maíra afirmou que Thiago sofre de um "grau leve de TEA", uma terminologia que, segundo o psicólogo, é errada, pois o diagnóstico de autismo se baseia na variação de sintomas dentro do espectro, e não em "graus".
Sobre o incidente, Bez apontou que, no caso de pessoas com TEA, o processamento sensorial e emocional pode ser diferenciado, levando a reações inesperadas ou até socialmente incompreendidas. Para ele, o comportamento de Thiago pode ser explicado por um "meltdown" (colapso emocional), que ocorre em pessoas no espectro autista, especialmente em situações de sobrecarga emocional, como a que ele viveu.