Lançada em 2022, a campanha da Avon para promover bases para “peles brasileiras” trouxe vários influenciadores. O destaque ficou com Zezé Motta, que fará 80 anos em 2024.
Na pandemia, a atriz foi ‘descoberta’ pelas agências de publicidade. Tornou-se uma das veteranas mais solicitadas para comerciais e posts patrocinados, ao lado de Fernanda Montenegro e Susana Vieira.
Essa visibilidade relevante, associada a bons cachês, revitalizou sua carreira. Muitos convites para participações especiais na TV começaram a chegar. Na Globo, fez este ano o especial ‘Falas da Vida’ e uma aparição na novela ‘Fuzuê.
Não é exagero dizer que Zezé Motta protagoniza uma pequena revolução na mídia. Até pouco tempo seria impensável uma atriz negra idosa estrelar anúncios de uma gigante do mercado de beleza.
Hoje, em nome da diversidade racial e do combate ao etarismo, as principais marcas querem ampliar o diálogo com o público consumidor. Não só pelo politicamente correto que faz bem ao marketing, mas também de olho em maior lucro.
No Brasil, a economia prateada – baseada nas pessoas a partir dos 50 anos – gera R$ 1,7 trilhão por ano. E os negros, ainda que na média recebam salários menores que os brancos, estão cada vez mais inseridos nas estatísticas de consumo.
Linda e sorridente, Zezé Motta faz uma representatividade múltipla ao surgir com jovens influenciadores no comercial da Avon. Falta a TV criar mais espaços a esse perfil tão numeroso no país, especialmente na teledramaturgia.