O apartamento de 700 metros quadrados onde Jô Soares morava desde 1992, em Higienópolis, bairro nobre de São Paulo, tem algumas peculiaridades.
O apresentador transformou um dos banheiros em barbearia, com uma cadeira típica, daquelas antigas com apoio de ferro para os pés. Um luxo que facilitava sua vida.
Outro ambiente incomum sempre surpreendeu quem o visitava. Milhões de lares brasileiros têm um altar ou oratório, mas Jô foi além: construiu uma capela em casa.
O espaço de aproximadamente 12 metros quadros tem bancos para acomodar até 10 pessoas. Há dois crucifixos. Um maior, na parede, e outro menor, sobre o móvel onde também ficam uma representação do Espírito Santo e um vaso de flores.
No mesmo ambiente existe uma estante embutida com dezenas de imagens de santos. A maioria, de Santa Rita. Algumas foram compradas por Jô, outras, foram presentes de amigos e fãs.
Antes da pandemia e dos problemas de saúde, o artista era assíduo frequentador da paróquia de Santa Rita de Cássia, no Pari, na região central da capital paulista.
“Sou devoto há tanto tempo que nem me lembro quando comecei”, disse o apresentador certa vez. Questionado se sentia medo da morte, ele respondia que não. “O medo de morrer é inútil, vai acontecer de qualquer jeito. Meu medo é de ser improdutivo.”