Veja o local onde fotógrafo brasileiro disse ter caído e sua última mensagem

Jornal francês refez possível trajeto de Flávio de Castro Sousa e aponta críticas à polícia de Paris

13 dez 2024 - 09h18
(atualizado às 09h19)

No fim da tarde de quinta-feira (12), o diário ‘Le Parisien’ publicou uma matéria em texto e vídeo sobre o desaparecimento do fotógrafo Flávio de Castro Sousa. O mineiro, de 36 anos, deveria ter embarcado em Paris com destino ao Brasil no dia 26 de novembro, mas, desde então, não há notícia sobre seu paradeiro. 

A reportagem destacou trechos da cobertura feita pelo ‘Jornal Nacional’, da Globo, e por dois programas da Record, o ‘Domingo Espetacular’ e o ‘Balanço Geral’, para contar a história. Amigo de Flávio, o pesquisador Rafael Basso, morador da capital francesa, acompanhou a equipe do jornal até a Île aux Cygnes (Ilha dos Cisnes). 

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Localizada no meio do Sena, a oeste da cidade, foi onde o fotógrafo disse ter caído no famoso rio e ficado por algumas horas até ser avistado por um pedestre que acionou os bombeiros. A imagem mostra que para chegar até a água, ele teve de pular uma cerca de ferro e descer um barranco íngrime coberto de grama. 

Na troca de mensagens por WhatsApp com o estudante de moda Alexandre Callet, com quem fez amizade na viagem e a quem se referiu como “namoradinho” em conversa com uma amiga de Belo Horizonte, Flávio não explicou como ocorreu a queda nem o motivo de não ter usado o celular para pedir ajuda.

Flávio de Castro Sousa contou ter caído no Sena horas após consumir álcool e "fazer uma besteira"; na última mensagem, disse que ia dormir
Flávio de Castro Sousa contou ter caído no Sena horas após consumir álcool e "fazer uma besteira"; na última mensagem, disse que ia dormir
Foto: Reproduções

O vídeo do ‘Le Parisien’ mostra o último contato do fotógrafo com Alexandre, quando já estava de volta ao apartamento que alugou. “Está se sentindo melhor, meu querido?”, pergunta o francês. “Sim”, responde o brasileiro. “Eu vou tentar dormir. Eu estou exausto.” Eram 14h20 de 26 de novembro. Nenhum dos amigos viu ou falou com Flávio depois disso. 

O local onde acredita-se que o fotógrafo caiu na água é de difícil acesso
Foto: Reprodução

Na matéria, Rafael Basso reclamou da polícia de Paris. “Alexandre teve de ir à delegacia três vezes antes que seu relato (do desaparecimento) fosse levado a sério”, contou. “... não nos sentimos ouvidos.” Após a repercussão no Brasil – inclusive entre políticos mineiros – e na mídia francesa, os investigadores dão mais atenção ao caso. 

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O pesquisador Rafael Basso diante da Ilha dos Cisnes, onde Flávio de Castro Sousa foi passear na noite anterior ao desaparecimento
Foto: Reprodução

O amigo de Flávio também se queixou dos boatos que circulam na internet. Citou a teoria de que o brasileiro teria sido vítima de tráfico de órgãos. “O que sua família não precisa agora é de notícias falsas”, afirmou.

A última mensagem do fotógrafo mineiro para o rapaz que conheceu em Paris: "Eu vou tentar dormir. Eu estou exausto"
Foto: Reprodução
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