Viúva do cantor Paulinho, que era vocalista do Roupa Nova, Elaine Soares Dias revelou que pediu ajuda de uma amiga nos últimos dias para trabalhar como ambulante uma banca no Saara, região de comércio popular no Rio de Janeiro, para juntar dinheiro para comprar presentes de Natal.
"Pedi trabalho a uma amiga. Liguei para ela e perguntei se podia trabalhar. Antes ela tinha um quiosque no Centro do Rio, mas, com a pandemia, perdeu e agora está com uma banca na calçada, onde bate sol o tempo todo", afirmou em entrevista para a revista Quem.
"Não posso cuspir no prato que comi, porque ela foi muito legal comigo. Poderia ter dito que não, mas dividiu comissão comigo. Trabalhei de segunda passada até ontem. Hoje tirei o dia para descansar porque para ganhar dez reais para ficar o dia inteiro em pé não compensa", completou.
Elaine trava uma batalha judicial com os filhos de Paulinho para ter a relação estável com o cantor reconhecida e ter direito a herança. Ela é formada em Psicologia e Direito, mas parou de exercer a profissão para acompanhar a carreira do músico.
"Fiz exame de ordem (OAB), passei. Só que durante o tempo em que estávamos casados, cuidava de tudo, de mim, dele, da casa. Viajava com ele e aí, para trabalhar, não teria a disponibilidade que precisava ter para acompanhá-lo nos lugares que acompanhei", explicou.
Segundo Elaine, a decisão sobre a herança de Paulinho, que morreu em dezembro do ano passado vítima da covid-19, sai em março do próximo ano. "Não sei nem como vou viver até lá", disse.
Porém, o Roupa Nova soltou uma nota após a repercussão da entrevista e afirmou que o grupo ajuda mensalmente a viúva. Elaine e Paulinho ficaram juntos por 16 anos.
"Com relação à Elaine Dias, mesmo em tempos de pandemia que prejudicou a vida e o sustento de todos pela ausência de trabalhos, a mesma tem recebido uma quantia mensal a título de doação por parte da banda", diz o comunicado da banda.