Os últimos dias de 2024 mal ficaram no passado e Xuxa Meneghel (61) já invade 2025 com novos planos e projetos. Entre os principais lançamentos para os próximos 365 dias estão a 14ª edição do audiovisual infantil Xuxa Só Para Baixinhos, a série Tarã, do Disney+, o quadro dedicado à adoção de animais que a loira vai pilotar no Fantástico, da Globo, e a grandiosa turnê O Último Voo da Nave. "Quero aproveitar todas as oportunidades que aparecerão, além de me cuidar bastante para fazer meus trabalhos cada vez melhor", diz Xuxa. A seguir, em entrevista exclusiva a CARAS, - com algumas fotos feitas no Rancho da Montanha, do casal Bruno Gagliasso (42) e Giovanna Ewbank (38) - a Rainha detalha as novidades de sua carreira.
- Em 2024, você se apresentou no Rock in Rio, no festival Spanta, fez outra edição do Navio da Xuxa e cantou no Futebol da Esperança, além de brilhar no Teleton. Qual dessas experiências foi a mais marcante?
- Todas têm um baita valor. A primeira vez no Rock in Rio foi incrível. Achava que o público do Rock in Rio não era o meu público. Então, vi e senti ali, por meio da energia das pessoas, o que conquistei nesses anos todos. Fiquei orgulhosa. O Spanta também foi incrível. As cenas que vi, o que senti, uma energia única. Na edição do navio, o carnaxuxa, foi legal demais ver o público feliz com as músicas em ritmo de carnaval. Com o show no Futebol da Esperança, amei terem pensado em mim para participar de um evento que sempre fiz e me senti lisonjeada por ajudar mais uma vez. O Teleton foi bárbaro, porque a família Abravanel inteira me recebeu de braços abertos. Foram experiências diferentes umas das outras, mas todas marcantes.
-Você voltou para a Som Livre e lançou os álbuns Raridades X e Raridades de Natal. Vem aí o Raridades em inglês?
- A Som Livre está tentando, mas esse trabalho foi feito com pessoas com as quais a gente não está conseguindo entrar em contato.
- Mas tem XSPB…
- Em março vou lançar o XSPB 14 - Cores. A Som Livre, mais uma vez, está apostando em mim. São 13 músicas inéditas dirigidas ao meu público bem baixinho. Nos meus projetos infantis, as crianças aprendem brincando, com o lado lúdico, com fantasia e esse não será diferente. Talvez seja a edição com mais efeitos. O Junno, junto com uma galera, compôs as músicas. E tem uma turma boa fazendo os desenhos, a edição, a sonorização… Planejamos lançar em março. E, quem sabe, correr atrás do Grammy. Tenho certeza, a Som livre ficará feliz se isso acontecer.
- Qual o desafio em retomar o XSPB depois de quase uma década?
- O mais difícil é me acostumar que não tem o s m a i s o DVD, o CD… Agora precisamos nos adaptar às mídias e plataformas. É um desafio bacana. Não adianta eu pensar em uma ordem que vai da primeira para a última música, porque a criança vai ouvir na ordem que ela quiser e sem ter um produto físico na mão.
- Você já revelou que o Junno fez uma música para vocês gravarem juntos... rolou essa dupla?
- A música estará na minha turnê, mas ainda não gravamos.
- Vocês fizeram 12 anos juntos em dezembro. É o seu relacionamento mais duradouro?
- É o relacionamento que mais durou, está durando e espero que dure para o resto da minha vida. O Ju é a pessoa com quem quero morrer de mãos dadas. Quero estar com meu 'veio' pra sempre.
- O relacionamento longo mudou sua visão do amor?
- Esse relacionamento está transformando diariamente minha visão do amor. Ainda me dá tremeliques quando perguntam o que o Junno é meu. Dizer "meu marido" ainda não sai tão fácil. Por mais que me sinta casada e não me veja sem ele, essa palavra ainda me custa a falar.
- Se existisse a chance de fazer um programa infantil hoje, na TV aberta, como seria?
- Não tenho ideia, porque não sei o que a criança hoje gosta de consumir, ver e ouvir. Aliás, acho, ninguém sabe. A criança quer celular na mão… Posso arriscar a dizer que imagino o que as mães poderiam colocar para as crianças verem: algo musical, alegre, divertido, educativo…
- Em 2025, será lançada a série do Disney+, Tarã. Como fica a sua expectativa e a ansiedade quando um trabalho demora a ser lançado?
- A expectativa é a mesma de todos que participaram do projeto, que o público goste. A minha ansiedade é sempre grande porque não suporto esperar. Desejo que todo mundo queira ver as temporadas 2, 3, 4…
- Você revelou que quando rodou Tarã, no Acre, levou um susto com uma cobra no banheiro e te ofereceram ayahuasca...
- Não foi no meu banheiro, era um banheiro do hotel, ouvi gritarem que tinham pego uma cobra lá. Não a vi e isso não quer dizer que me assustei. Afinal, nós estávamos no habitat dela. O hotel era no meio do mato, então, era mais do que normal ela querer conhecer tudo ao redor. E, sim, me ofereceram ayahuasca, mas do jeito que sou natureba e sempre me alimentei bem, tenho intolerância a álcool, nunca fumei nem bebi, acho arriscado experimentar algo assim e não voltar mais.
- Mais curiosidades?
- Foi incrível poder ver árvores milenares com aquelas raízes que pareciam desenho animado, mas era real. Foi muito emocionante poder estar com essa energia toda que tem lá no Acre.
- Em que momento está a produção da série biográfica Rainha?
- Ainda está no papel. Fazer uma série de alguém que está vivo é bastante difícil porque eu preciso contar a minha história, a pessoa precisa entender essa história, roteirizá-la… Juntar 60 anos em poucos episódios é difícil, são muitos detalhes e anos para serem narrados. A dificuldade talvez seja eu estar aqui para dizer o que é ou não verdade, se como está sendo feito é legal ou não. E tem as visões dos roteiristas, do diretor, dos atores…
- O relançamento especial da sua boneca fez sucesso. Planeja relançar novos produtos?
- A boneca foi relançada para as crianças que cresceram e não para as crianças de hoje. Mas não pensei se relançaria algo. As pessoas esperam que qualquer coisa que tenha o meu nome gere muita polêmica ou grandes números ou bata recordes… E isso me assusta, porque a cobrança é grande, tanto minha quanto das pessoas.
- A turnê O Último Voo da Nave é outro projeto aguardado para 2025. Quais as novidades?
- A criação está de vento em popa. O diretor Kley Tarcitano e a Time for Fun estão tirando o projeto do papel. Estamos procurando parceiros e marcas para estar com a gente e, creio, será um dos trabalhos mais bonitos que eu farei.
- Qual será o enfoque do quadro no Fantástico, da Globo, sobre animais?
- Vamos falar sobre o quanto é importante adotar e olhar para os animais com carinho e respeito. Queremos tirar o preconceito de que cachorro ou gato de uma raça não identificada valha menos.
- A história de fazer um filme de terror sobre uma vampira vegana é real?
- Quando acabei de fazer Tarã, fui apresentada e convidada a falar sobre esse projeto, mas não tenho nada em mãos para dizer que gostei da história, que vou filmar…
- Além dos projetos profissionais, quais os planos pessoais para 2025? Não vale falar ser avó...
- Nem vou falar isso, porque não deve acontecer em 2025. A Sasha e o João estão trabalhando muito. Estaria pedindo para mim e não para eles e tenho que respeitar o tempo deles. Quero colocar minha turnê na estrada, viajar com o Ju e, obviamente, bater muitas palmas para a Sasha, porque tenho certeza de que 2025 será importante para ela.