Gusttavo Lima está de volta aos Estados Unidos após realizar dois shows no Pará. O cantor, que é investigado pela Operação Integration, se apresentou em Marabá na sexta, 27, e em Paraupebas no sábado, 28, e depois pegou o jatinho para Miami.
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De acordo com o show, o sertanejo pousou no aeroporto de Fort Lauderdale, na Flórida, por volta das 10h20 deste domingo, 29. Ele tem show marcado no Brasil na sexta-feira, 24.
Durante a apresentação em Marabá, Gusttavo Lima falou sobre honestidade: "Faça o certo, porque o errado todo mundo faz. Sejam honestos e justos, para que quando tudo parecer desmoronar, só a sua honestidade possa te salvar.”
O próximo compromisso profissional do sertanejo é na sexta-feira, 4, em Maringá, no interior do Paraná.
O que aconteceu com Gusttavo Lima?
O cantor de 35 anos teve prisão decretada na tarde de segunda-feira, 23, no âmbito da Operação Integration, que investiga um suposto esquema de lavagem de dinheiro envolvendo bets. A operação é a mesma que prendeu a advogada e influenciadora Deolane Bezerra, que deixou a prisão na terça, mesmo dia que o sertanejo teve o pedido de prisão revogado.
O mandado de prisão preventiva foi expedido pela juíza Andrea Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal do Recife, que acatou o pedido da Polícia Civil de Pernambuco. "É imperioso destacar que Nivaldo Batista Lima [nome verdadeiro de Gusttavo Lima], ao dar guarida a foragidos, demonstra uma alarmante falta de consideração pela Justiça. Sua intensa relação financeira com esses indivíduos, que inclui movimentações suspeitas, levanta sérias questões sobre sua própria participação em atividades criminosas. A conexão de sua empresa com a rede de lavagem de dinheiro sugere um comprometimento que não pode ser ignorado", escreveu a juíza, no documento.
Na ocasião, a defesa de Gusttavo Lima chamou a decisão de “injusta e sem fundamentos legais” e afirmou que não mediria esforços para provar a inocência do sertanejo.
Gusttavo Lima ainda pode ser preso?
O sertanejo estava em Miami, nos Estados Unidos, quando teve a prisão decretada. Por isso, não chegou a ser preso. Para a juíza Andrea Calado da Cruz, o cantor deu 'guarida a foragidos', demonstrando 'uma alarmante falta de consideração pela Justiça'.
Segundo o advogado Bruno Dallari Oliveira Lima, criminalista do escritório Oliveira Lima & Dall'Acqua Advogados. preciso que a investigação apresente novos fatos incriminatórios para que haja um novo pedido de prisão contra o cantor.
"A polícia não pode simplesmente entrar com um novo pedido de prisão porque simplesmente o anterior foi revogado. Teria que ter um fato novo que ensejaria esse novo pedido de prisão. Vou dar um exemplo: vamos supor que a polícia ache uma conversa de telefone que mostre que Gusttavo Lima estava ciente de uma fuga. Isso seria um fato novo e, aí sim, pode ser utilizado para pedir a prisão. Mas tem que ser um fato novo, não um mero indício", afirmou.
O criminalista Eugênio Malavasi considera o pedido de prisão preventiva já revogado contra Gusttavo Lima como 'ilegal'.
"O destaque que faço de fora, como advogado que fez uma análise de fora, é na minha concepção a ilegalidade total dos fundamentos externados na decisão que decretou a prisão preventiva", afirmou, continuando:
"Na minha visão, essa prisão afronta não só os ditames processuais, que estabelecem esse tipo de medida cautelar constritiva que é a prisão preventiva, uma prisão provisória portanto, antes até que os tribunais o declarem culpado. Sequer ele foi denunciado, portanto ele é apenas e tão somente investigado", reiterou Malavasi.
"A razão pela qual essa prisão, na minha concepção, é absolutamente ilegal é que afronta-se a regra procedimental, afronta-se o Código de Processo Penal e, sobretudo, a Constituição Federal, que estabelece a presunção de inocência como princípio constitucional", finalizou o criminalista.