Harry e Meghan se casam e levam sopro de renovação à realeza

O príncipe e a atriz agora são duques de Sussex

19 mai 2018 - 09h56
(atualizado às 13h04)

Após mais de 170 dias de expectativa, o príncipe Harry e Meghan Markle, agora duques de Sussex, finalmente se casaram. No matrimônio mais aguardado do ano, o sexto na linha de sucessão do trono britânico e a atriz norte-americana juraram fidelidade e oficializaram uma união que deve levar novos ares à monarquia.

Harry e Meghan se casam e levam sopro de renovação à realeza
Harry e Meghan se casam e levam sopro de renovação à realeza
Foto: EPA / Ansa - Brasil

Foi no já distante dia 27 de novembro de 2017 que a família real anunciou o noivado entre Harry, um dos mais populares da monarquia, e uma atriz divorciada, negra e feminista - uma personagem inédita em um ambiente até então pouco afeito a mudanças drásticas em sua composição.

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A cerimônia foi realizada na capela de St. George e teve a presença de 600 convidados, incluindo celebridades como George e Amal Clooney, David e Victoria Beckham e Elton John, mas nenhum político atualmente no poder.

Além disso, outras 2,6 mil pessoas, entre jovens, membros de associações beneficentes e funcionários da casa real, acompanharam a cerimônia dos jardins do Castelo de Windsor, na cidade homônima, cujas ruas foram tomadas pelos súditos em busca de um simples aceno da realeza.

Harry, segundo filho de Charles e Diana, chegou na capela a pé, acompanhado de seu irmão mais velho, William. Em um dia ensolarado, surgiu de uniforme militar escuro do regimento "Blues and Royals", da cavalaria do Exército do Reino Unido.

Sorridente e aparentemente tranquilo, conversou com William durante todo o trajeto e acenou para os fãs. Já Meghan, contrariando a previsão de atraso, entrou na igreja pontualmente ao meio-dia (horário local). Ao deixar o carro, exibiu seu vestido de noiva da estilista britânica Clare Waight Keller, atual diretora criativa da Givenchy.

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A peça, marcada pela simplicidade, colada ao corpo e com decote canoa, era acompanhada por um longo véu decorado e carregado por 10 pajens, incluindo o príncipe George e a princesa Charlotte, filhos de William e Kate Middleton. O véu, com uma delicada composição floral, homenageou os 53 países da Commonwealth, a "Comunidade das Nações".

"Você está incrível", disse Harry ao receber Meghan no altar, sem evitar que caíssem algumas lágrimas. Emocionado, o príncipe falou o aguardado "sim" antes mesmo que o arcebispo da Cantuária, Justin Welby, terminasse de ler a fórmula nupcial.

 A aliança da noiva, feita com ouro de Gales, foi presenteada pela rainha. Já o anel de Harry é de platina decorada. Ambos são criações da Cleave and Company, tradicional joalheria do Reino Unido.

Famílias

A atriz norte-americana chegou em St. George em um Rolls Royce junto com sua mãe, Doria Ragland, que manteve os dreadlocks, apesar dos rumores de que poderia tirá-los para o casamento.

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Sem seu pai, Thomas Markle, recém-operado e que se envolvera em uma suposta venda de fotos para tabloides, Meghan entrou sozinha na capela, mas foi levada até o altar pelo príncipe Charles, o futuro rei.

O sermão foi proferido pelo bispo norte-americano Michael Curry, primado da Igreja Episcopal, braço do anglicanismo nos Estados Unidos. A homilia, feita em tom caloroso, citou até Martin Luther King. "Devemos descobrir o poder do amor, o poder salvador do amor. E quando o fizermos, seremos capazes de transformar este mundo velho em um novo mundo. O amor é o único caminho", disse.

Em outro fato inédito do casamento de Harry e Meghan, um coral gospel dos EUA interpretou a célebre "Stand By Me". A atriz é, sem dúvida, um sopro de modernidade para a tradicional monarquia britânica.

Meghan é a primeira mulher divorciada a ser plenamente aceita na realeza (ao contrário da esposa de Charles, Camilla), chefiada por uma soberana que impedira sua própria irmã, Margaret, de se casar com um capitão divorciado.

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Além disso, a atriz leva suas origens negras para o seio de uma monarquia já envolvida em episódios anteriores de racismo e preconceito étnico, além de um notório apego a causas sociais e feministas.

Mas sua pequena "revolução" tem limites. Meghan terá de abandonar a carreira de atriz e certamente precisará moderar seu ativismo, embora Harry não tenha tantas amarras quanto seu irmão.

Cinco mudanças na vida de Meghan ao se casar com Harry
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