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Juiz descarta acusação de agressão sexual contra Weinstein

A acusação rejeitada diz respeito a uma suposta agressão sexual de Weinstein contra uma aspirante a atriz em 2004

11 out 2018 - 16h42
(atualizado às 17h42)

Um juiz de Nova York rejeitou nesta quinta-feira uma das seis acusações criminais contra o produtor de cinema Harvey Weinstein depois que procuradores disseram que não podiam se opor à decisão em vista de informações que obtiveram investigando o caso.

Produtor de cinema Harvey Weinstein deixa tribunal em Manhattan
05/06/2018
REUTERS/Brendan McDermid
Produtor de cinema Harvey Weinstein deixa tribunal em Manhattan 05/06/2018 REUTERS/Brendan McDermid
Foto: Reuters

A acusação rejeitada diz respeito a uma suposta agressão sexual de Weinstein contra uma aspirante a atriz em 2004. Cinco outras acusações, envolvendo supostas agressões de outras duas mulheres, continuam no caso a cargo de um tribunal criminal de Manhattan. Weinstein se declarou inocente de todas elas.

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Seu advogado, Benjamin Brafman, disse que também pedirá a rejeição das acusações restantes. Ele ainda disse que investigará o que descreveu como um "perjúrio" diante do grande júri que indiciou Weinstein e a conduta de um detetive da polícia da cidade de Nova York envolvido no caso.

Lucia Evans, a mulher que acusou Weinstein de agredi-la em 2004, declarou à revista New Yorker em outubro de 2017 que o produtor a forçou a praticar sexo oral nele quando ela era uma universitária de 21 anos.

"Quero deixar muito claro que a decisão da procuradoria de abandonar as alegações de minha cliente não invalidam a verdade destas alegações", disse Carrie Goldberg, uma advogada de Lucia, aos repórteres diante da corte após a audiência desta quinta-feira.

Depois da audiência o escritório do procurador de Manhattan, Cyrus Vance, divulgou uma carta que enviou a Brafman no mês passado revelando que uma testemunha não identificada lhe disse ter ouvido um relato sobre a suposta agressão que diferiu daquele que Lucia deu originalmente ao escritório de Vance.

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O escritório de Vance também soube que a testemunha fez tal relato a um detetive da polícia da cidade de Nova York, que não informou os procuradores, segundo a carta.

Weinstein negou ter feito sexo não-consensual com qualquer pessoa na esteira das acusações de má conduta sexual ao longo de décadas, incluindo estupro, feitas por mais de 70 mulheres da indústria do cinema. 

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