A Justiça do Rio Grande do Sul negou o pedido de habeas corpus solicitado pela defesa do ex-BBB Nego Di, que continuará detido em Canoas (RS). A decisão foi proferida pelo desembargador Honório Gonçalves da Silva Neto, da 7ª Câmara Criminal.
Acusações e investigação
Nego Di, cujo nome verdadeiro é Dilson José, enfrenta acusações de estelionato qualificado por fraude eletrônica, com 17 ocorrências registradas. Além disso, é investigado por crimes de lavagem de dinheiro, fraude tributária e organização de rifa eletrônica. O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS) confirmou as informações em nota oficial.
Prisão preventiva
A prisão preventiva foi decretada na sexta-feira (12/7) e executada no domingo (14/7) em Santa Catarina. A medida foi resultado de uma investigação que identificou Nego Di e seu sócio, Anderson Boneti, como responsáveis por um esquema de venda de produtos nunca entregues através de uma loja virtual.
Impacto e valores do golpe
O golpe afetou cerca de 370 pessoas, resultando em um prejuízo de R$ 5 milhões. "Várias pessoas humildes foram vítimas dessa farsa. São pessoas humildes, que utilizam do seu trabalho, dinheiro, para fazerem a compra desse produto e acabam não recebendo", declarou o delegado Marco Guns, titular da 1ª DP de Canoas, em coletiva de imprensa.
De acordo com a Polícia Civil do Rio Grande do Sul, Nego Di utilizou sua popularidade nas redes sociais para atrair e enganar as vítimas. "Essa fraude foi utilizada a partir do seu conhecimento e influência nas redes sociais. Ele se utilizou disso para atrair as vítimas", afirmou o delegado Cristiano Reschke, diretor da 2ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana de Canoas.
A polícia ainda está atrás do sócio de Nego Di, Anderson Boneti, que se encontra foragido. Ele já havia sido preso em 2022 na Paraíba, também pelo crime de estelionato.