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Mãe e irmão de ex-sinhazinha do Boi Garantido são condenados por tráfico de drogas

Justiça do Amazonas determina prisão da família de Djidja Cardoso, encontrada morta em maio passado

18 dez 2024 - 13h53
Foto: Instagram/Cleusimar Cardoso / Pipoca Moderna

A Justiça do Amazonas condenou sete pessoas, incluindo Cleusimar e Ademar Cardoso, mãe e irmão da ex-sinhazinha Djidja Cardoso, por envolvimento com tráfico de drogas e associação para o tráfico. Djidja, que representou o Boi Garantido no Festival Folclórico de Parintins entre 2016 e 2020, foi encontrada morta em Manaus no dia 28 de maio.

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Condenações e investigações

A sentença, proferida pelo juiz Celso de Paulo, foi publicada na terça-feira (17/12). Cleusimar e Ademar foram condenados a 10 anos e 11 meses de prisão em regime fechado, mas a defesa da família informou que irá recorrer.

Os outros condenados incluem Bruno Roberto Lima, ex-namorado de Djidja; José Máximo Silva de Oliveira; Savio Soares Pereira, suspeito de fornecer cetamina; Hatus Silveira, preparador físico da família; e Veronica da Costa Seixas, gerente dos salões de beleza da empresária. Bruno e Veronica poderão recorrer em liberdade, enquanto os demais devem cumprir pena em regime fechado.

O caso envolve o uso indiscriminado de cetamina, anestésico veterinário com propriedades psicodélicas, pela suposta seita "Pai, Mãe, Vida", liderada pela mãe de Djidja, segundo o Ministério Público. A droga teria sido usada de forma recreativa e em rituais religiosos. Apesar de a polícia suspeitar de overdose como causa da morte de Djidja, o laudo oficial ainda não foi divulgado pelo Instituto Médico Legal.

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Absolvições e desmembramento de crimes

A Justiça absolveu três pessoas que também haviam sido denunciadas: Claudiele Santos e Marlisson Dantas, funcionários do salão de beleza de Djidja, e Emicley Araujo Freitas Júnior, ex-funcionário de uma clínica que fornecia a droga. A investigação concluiu que eles não tinham ligação com as atividades ilícitas do grupo.

O juiz determinou ainda o desmembramento de outros crimes relacionados, como estupro, charlatanismo e manipulação de medicamentos, para que sejam encaminhados a varas específicas.

Detalhes sobre a suposta seita

De acordo com a polícia, a suposta seita liderada por Cleusimar promovia sessões em que os participantes usavam cetamina enquanto assistiam a vídeos religiosos, como as Cartas de Cristo. O irmão de Djidja, Ademar, é acusado de obrigar uma ex-namorada a usar a droga, levando-a a sofrer abusos sexuais durante a perda de consciência e forçando-a a realizar um aborto. Ambos negam as acusações.

A sentença trouxe à tona a complexidade de um esquema que uniu práticas ilegais e dinâmicas familiares conturbadas, com impacto direto na trágica história de Djidja Cardoso.

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Pipoca Moderna
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