Gostos à parte, não dá para negar que a volta do Linkin Park foi um dos eventos mais importantes da música em 2024. A banda retomou suas atividades com a vocalista Emily Armstrong e o baterista Colin Brittain nas vagas de Chester Bennington e Rob Bourdon, respectivamente.
O resultado dessa reunião já pode ser ouvido nas plataformas de streaming: From Zero, primeiro álbum do grupo americano desde 2017. E como esperado, a performance comercial se mostrou bastante satisfatória.
O disco atingiu a primeira posição nas paradas de dez países: Reino Unido, Alemanha, França, Itália, Holanda, Suíça, Áustria, Bélgica, Austrália e Nova Zelândia. Houve apenas uma "pedra no sapato" no mercado fonográfico mais importante do mundo, os Estados Unidos.
Por lá, From Zero atingiu a segunda colocação, tendo comercializadas 97 mil unidades equivalentes a álbuns no país. Nesse cenário, 72 mil cópias físicas (CDs, LPs e eventuais derivados) foram vendidas, com as outras 25 mil correspondendo a formatos digitais (conta-se como uma "unidade" no mundo virtual a cada 10 downloads pagos de música ou 1,5 mil reproduções no streaming).
Isso porque, com o uso em larga escala dos formatos digitais, a contagem é feita de forma diferente: para contabilizar uma "unidade", é necessário ter uma cópia física, 10 downloads pagos de música ou 1,5 mil streams de faixas.
E quem ficou com a primeira posição nos EUA? O Ateez, grupo sul-coreano de k-pop que lançou seu sexto EP, Golden Hour: Part.2, no mesmo dia em que o Linkin Park disponibilizou seu trabalho. O conjunto vendeu 184 mil unidades equivalentes a álbum — 179 mil cópias físicas e o restante destinado aos formatos digitais, no mesmo esquema explicado anteriormente. Mais que o dobro em ambos os critérios, o que mostra o tamanho do fenômeno composto por Hongjoong, Seonghwa, Yunho, Yeosang, San, Mingi, Wooyoung e Jongho.
Linkin Park agradece
Mesmo não obtendo o primeiro lugar nos Estados Unidos, From Zero foi o álbum de rock que atingiu a posição mais alta nas paradas gerais nacionais em 2024. A última vez que um disco do estilo abocanhou o topo do ranking se deu em novembro do ano passado, com One More Time…, do Blink-182.
Além disso — e conforme já destacado —, o novo trabalho do Linkin Park chegou à primeira colocação em dez países. Mike Shinoda e Emily Armstrong preferiram olhar para o "copo meio cheio" ao publicar, nas redes, um vídeo celebrando o topo da lista do Reino Unido, outro mercado muito importante.
Armstrong, que veio de uma banda bem menor — o Dead Sara —, destacou na filmagem como aquele havia sido o seu "primeiro primeiro lugar". "Muito obrigado, p#rra. Isso é surreal. Estou surtando, é claro", declarou ela, antes de ser complementada pelo parceiro artístico: "Não sei qual foi nosso último primeiro lugar, mas foi há muito tempo. Isso é muito legal. É muito importante para todos nós".
Em 2017, o último álbum gravado com Chester Bennington, One More Light, chegou ao topo em sete países, incluindo Estados Unidos. Na ocasião, o trabalho atingiu a quarta posição no Reino Unido. Na terra do Rei Charles, o grupo não chegava à primeira colocação desde 2012, quando disponibilizou Living Things.
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