A Apple cedeu à pressão da estrela do pop Taylor Swift e pagará aos artistas durante o período gratuito de teste, que dura três meses, por seu novo Apple Music.
A mudança de posição de uma das empresas mais poderosas do mundo, anunciada neste domingo (21), é uma demonstração da grande influência da jovem artista de 25 anos, que anunciou um boicote parcial ao novo serviço Apple Music.
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Taylor explicou em um texto divulgado no Tumblr que seu álbum 1989 não estaria disponível na Apple Music por considerar "chocante e decepcionante" que a empresa não a remunerasse por suas canções durante o período gratuito de teste de três meses reservado aos novos assinantes.
"Eu considero isto chocante, decepcionante e completamente diferente da trajetória progressista e generosa da empresa", escreveu Taylor num post na rede social Tumblr.
Em uma mudança inesperada, Eddy Cue, vice-presidente de Software de Internet e Serviços da Apple, anunciou no domingo à noite que a empresa alterou sua posição e vai pagar aos artistas em todas as etapas.
"Apple Music pagará aos artistas pelo streaming, inclusive durante o período gratuito de teste", escreveu em sua conta no Twitter.
Com o Apple Music, a empresa Apple espera rivalizar com serviços similares como Spotify, Pandora e Deezer.
A Apple domina o mercado de distribuição e compra de música pela internet com sua loja iTunes. Mas os consumidores optam cada vez mais pelo streaming e neste caso o peso pesado é a empresa sueca Spotify, com 60 milhões de usuários, incluindo 15 milhões que usam a versão paga.
O Apple Music estará disponível para os usuários de iPhones e iPads a partir de 30 de junho em 100 países. Nos próximos meses, a empresa pretende lançar uma versão compatível com o Android, o sistema operacional da rival Google.
A princípio, o serviço terá acesso gratuito, mas depois dos três meses de teste, custará 9,99 dólares por mês (cerca de R$ 30), com um plano família de 14,99 dólares (cerca de R$ 45) para até seis pessoas.