Cantora de músicas como "Venus as a Boy," "Army of Me" e "Jóga" e amiga de Milton Nascimento, Björk disse que tem esperanças no futuro do planeta Terra.
Em entrevista à Paper, a artista de 59 anos falou sobre as ótimas expectativas para 2025 e das ameaças contínuas à Terra. "Sempre houve apocalipses. Tivemos Noé e o dilúvio, tivemos pragas. Sempre houve essa narrativa, e agora acho que é sobre ser ativo e fazer parte da solução," afirmou. "E também ter a coragem de imaginar um futuro e estar nele, ser ele. Inspirar seu trabalho localmente em sua comunidade ou como você acha que pode fazer a diferença. É importante."
Além disso, Björk falou sobre a dificuldade que tem em assistir filmes e séries com temática pós-apocalíptica: "É como se você tivesse desistido - o niilismo, a autopiedade, é como se fosse legal desistir [risos]. Eu não acho legal desistir."
Então, é sobre descobrir como podemos manter a humanidade e a alma nos mundos futuros que estamos construindo, onde a natureza e a tecnologia podem colaborar. Mas eu acho que é possível. Eu acho que com imaginação, a biologia pode aguentar, a biologia ficará bem. A biologia sempre vence.
Então, a cantora opinou que a humanidade "enfrenta uma situação muito difícil" coletivamente, mas acredita conseguirá superar este momento conturbado. "Para mim, é mais sobre aceitar isso como é," disse. "Precisamos escrever acordos climáticos que possamos alcançar. Temos que continuar ajustando até acertarmos. E espero que a próxima geração, quando assumir, pense nisso de uma forma diferente e apresente soluções diferentes, formas verdes de viver."
Por fim, ela falou sobre Cornucopia, filme que deve estrear em 2025 nos cinemas, e o descreveu como uma declaração. "É sobre dizer não a todos os filmes que estão sendo feitos hoje que são pós-apocalípticos," explicou. "É sobre toda a autopiedade da civilização, da queda do Titanic em câmera lenta, e o elemento autodestrutivo da civilização ocidental, o narcisismo nela."
"É tudo sobre assistir a uma narrativa em câmera lenta da qual não fazemos parte. É muito centrado nos EUA, Reino Unido, Europa, branco, masculino - e, felizmente, você sabe, há tantas outras narrativas," complementou.
Quando o concerto começa, é como uma fantasia de ficção científica, mas então é um momento sóbrio quando o Manifesto passa. Onde eu realmente fico tipo: 'Saia dessa!' e falo sobre o Acordo Climático de Paris. É como se, se pensarmos em qualquer acordo climático que estamos tentando alcançar como completamente inalcançável, então nunca seremos capazes de atingir essas metas.
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