Ao longo dos anos, os fãs de Ed Sheeran pedem regularmente por um projeto ao vivo do artista. Sendo assim, ele selecionou cuidadosamente versões ao vivo de suas melhores músicas gravadas exclusivamente durante sua turnê Mathematics. O resultado é o álbum +-=÷× (Tour Collection: Live).
Além dessas versões especiais, a coleção, já disponível nas plataformas digitais pela Warner Music, via Asylum Records, também inclui algumas das maiores músicas de estúdio de Sheeran de uma década.
Ed Sheeran é um artista que definiu uma era. Vendeu quase 200 milhões de discos em todo o mundo e foi recentemente celebrado como um membro do Billions Club do Spotify, após sua música The A Team ultrapassar 1 bilhão de streams na plataforma.
Ed Sheeran chegou a afirmar que Band Aid está usando sua voz sem permissão
Ed Sheeran chegou a dizer que seus vocais estão sendo usados sem sua permissão no último remix do single beneficente. Ele se apresentou na edição de 2014 do single ao lado de Coldplay, Sam Smith, Rita Ora e outros.
Na semana passada, o supergrupo Band Aid anunciou que lançaria um "mix definitivo" do single Do They Know It's Christmas? para seu 40º aniversário.
Segundo a Billboard, o novo lançamento contará com vocais de todas as quatro versões gravadas de 1984, 1989, 2004 e 2014, incluindo takes de Bono, George Michael, Harry Styles e mais.
"Minha aprovação não foi solicitada neste novo lançamento do Band Aid 40. Se eu tivesse a escolha, teria respeitosamente recusado o uso dos meus vocais.", disse Ed Sheeran nos stories do Instagram.
"Uma década depois, meu entendimento da narrativa associada a isso mudou, explicado eloquentemente por @fuseodg. Esta é apenas minha posição pessoal, espero que seja uma posição voltada para o futuro. Amor a todos x.", acrescentou.
Ed Sheeran estava citando uma postagem do músico afrobeats ganês-inglês Fuse ODG, que diz ter se recusado a participar da versão Band Aid 30 em 2014. "Recusei-me a participar do Band Aid porque reconheci os danos que iniciativas como essa causam à África", escreveu ele.
"Embora possam gerar simpatia e doações, perpetuam estereótipos prejudiciais que sufocam o crescimento econômico, o turismo e o investimento da África, custando trilhões ao continente e destruindo sua dignidade, orgulho e identidade.", afirmou
"Ao exibir imagens desumanizantes, essas iniciativas alimentam a pena em vez da parceria, desencorajando o engajamento significativo. Minha missão tem sido resgatar a narrativa, capacitando os africanos a contar suas próprias histórias, redefinir sua identidade e posicionar a África como um centro próspero de investimento e turismo.", continuou.
"Hoje, a diáspora direciona os maiores fundos de volta para o continente, não Band Aid ou ajuda estrangeira, desde que as soluções e o progresso da África estejam em suas próprias mãos.", finalizou.
Vale destacar que a música foi lançada pela primeira vez em 1984 após uma reportagem da BBC sobre a fome na Etiópia, mas desde então tem sido criticada como um exemplo de narrativa de salvador branco em relação a problemas na África. Moky Makura, diretor executivo da organização sem fins lucrativos Africa No Filter, escreveu no The Guardian que "[o] retrato da África pelo Live Aid desencadeou o nascimento de uma indústria paternalista cuja missão era 'salvar a África'."
Ouça o álbum: