Dezenas de fãs, familiares e famosos participaram da última despedida à cantora Rita Lee nesta quarta-feira, 10. O velório aberto ao público foi realizado no Planetário do Parque Ibirapuera, em São Paulo.
A cantora, que morreu na segunda-feira, 8, aos 75 anos, vítima de um câncer de pulmão, deixou escrito em sua autobiografia que não gostaria de políticos em seu velório, mas o deputado estadual Eduardo Suplicy acredita que ela abriria uma exceção.
"Ela fez uma declaração pedindo aos politicos que não compareçam ao velório dela porque senão ela vai se levantar e até xingar. Mas eu tenho certeza de que, no meu caso, ela vai me tratar com um amigo. Da mesma maneira quando eu fui ao lançamento do livro dela e ela me deu um abraço tão afetuso. Vou procurar abraçá-la hoje", disse Suplicy em tom saudosista, em entrevista ao Terra.
O deputado já dividiu o palco com Rita em 2008. Ele relembrou que assistia a um show da cantora quando ela o convidou para que cantassem uma canção de Bob Dylan, 'Blowin in the Wind'. Suplicy, aceitou. A recordação, segundo ele, pode ser definida como "uma experiência maravilhosa".
"As décadas de sucesso de Rita Lee embalaram diferentes gerações e espalharam as canções dela para todo o território brasileiro, não apenas aqui em São Paulo. Nós agora prestamos uma homenagem especial a ela, porque ela nos deu tanto", destacou Suplicy.
Ainda segundo ele, a música de Rita Lee vai continuar a ser entoada pelos brasileiros.
"O Brasil vai continuar a homenagear Rita Lee poque ela está nos nossos corações e alma. As canções que ela compos vão continuar a ser cantadas por todos nós brasileiros", finalizou.
Fãs enfrentam chuva para se despedir
Os primeiros fãs, com muitos cartazes e capa de chuva, chegaram ao Planetário do Parque Ibirapuera por volta das 5h. A entrada ao público começou pontualmente às 10h.
Lucas, de 21 anos, carregava com ele um LP de Rita Lee e afirmou ser um grande fã da artista desde criança e que tem todos os discos dela.
"Com o passar dos anos foi aumentando cada vez mais a paixão. Eu lutei muito para tentar conhecer ela, infelizmente não consegui, mas coleciono tudo que é dela e ela é a coisa mais importante da minha vida atualmente", disse ele.
Quem também contou ser fã de Rita desde que ainda era criança foi Priscila, de 32 anos. "[Saber da partida dela] foi muito triste. A gente estava esperando esse livro dela novo, que ela pudesse fazer autógrafos de novo", lamentou a fã. "Ela representava liberdade, música, essência e vida! Sem ela o mundo fica mais cinza", acrescentou.
*Com colaboração de Juliana Cruz.