Um grupo de artistas se uniu outro grupo da sociedade civil em um abaixo-assinado pedindo o impeachment de Jair Bolsonaro. Da iniciativa, nasceu também Desgoverno, conhecida também como a música do impeachment. "Um homem sem juízo e sem noção não pode governar essa nação!", diz o refrão da canção de Zeca Baleiro em parceria com Joãozinho Gomes.
O manifesto Artistas Pelo Impeachment foi entregue a líderes das bancadas de oposição no congresso na quinta-feira, 15. O clipe de Desgoverno, criado para acompanhar a iniciativa, pode ser visto nas redes sociais e abaixo.
No clipe de Desgoverno, vemos músicos e artistas como o próprio Zeca Baleiro, além de Zélia Duncan, Ailton Graça, Camila Pitanga, Matheus Nachtergaele e Bárbara Paz, entre outros, cantando e se posicionando contra o atual governo e sua atuação especialmente durante a pandemia. Números de outras tragédias que abalaram o mundo, como a do Titanic, que matou 1.500 pessoas, e do World Trade Center, que vitimou outras 2.996, são apresentados pelos artistas. No Brasil, mais de 500 mil pessoas já morreram em decorrência do coronavírus.
Participam, ainda, do clipe, André Abujamra, Andrea Horta, Chico Salem, Dani Nega, Denise Fraga, Dira Paes, Danilo Grangheia, Ellen Oléria, Elisa Lucinda, Fabiana Cozza, Julia Lemmertz, Letícia Sabatella, Luís Miranda, Gero Camilo, Malu Galli, Marco Ricca, Sandra Nanayna e Zahy Guajajara.
"O descaso e a ineficiência do governo no combate à pandemia são motivo mais do que suficientes para um pedido de impeachment, mas não os únicos. Muitas das ações anti republicanas do atual mandatário também devem ser levadas em consideração. A atual condução da política econômica, por exemplo, tem levado milhões de pessoas em estado de vulnerabilidade a buscar formas de sobrevivência nas ruas, sendo expostas à pandemia de forma cruel. Eis a verdade. A política do atual governo as enxerga como pessoas descartáveis", diz o manifesto que já soma mais de 200 assinaturas - com nomes que vão de Ailton Krenak a Emicida, passando por José Celso Martinez Corrêa, Gloria Menezes e Fernando Bonassi (leia a carta na íntegra).