Victor Willis, vocalista e fundador do Village People, explicou por que permitiu que Donald Trump continuasse usando "Y.M.C.A." em sua campanha para presidente nos Estados Unidos e negou que a faixa seja "hino gay".
Em publicação no Facebook, o músico falou sobre os benefícios gerados com o uso da música por Trump: "'Y.M.C.A.' estava preso no segundo lugar na parada dos charts antes do uso pelo presidente eleito. No entanto, a música alcançou finalmente o primeiro lugar em uma parada dos charts após mais de 45 anos (e permaneceu no primeiro lugar por duas semanas) graças ao uso pelo presidente eleito".
Willis também reforçou que a canção não é um hino gay. "Como já disse várias vezes no passado, essa é uma suposição falsa, baseada no fato de que meu parceiro de composição era gay, alguns (não todos) dos integrantes do Village People eram gays, e o primeiro álbum do Village People era totalmente sobre a vida gay", disse.
"Essa suposição também se baseia no fato de que a ACM era aparentemente usada como algum tipo de ponto de encontro gay, e, já que um dos compositores era gay e alguns membros do Village People são gays, a música deve ser uma mensagem para pessoas gays. Para isso, digo mais uma vez: tirem essas ideias da cabeça. Não é", continuou.
Ele acrescentou: "Escrevi 'Y.M.C.A.' com base nas coisas que eu conhecia sobre a ACM nas áreas urbanas de São Francisco, como natação, basquete, atletismo, comida barata e quartos baratos. E quando digo: 'hang out with all the boys', isso é simplesmente uma gíria dos negros nos anos 1970 para descrever caras negros se reunindo para esportes, jogos de azar ou o que quer que fosse. Não há nada de gay nisso".
A publicação culminou em uma medida que Willis tomará a partir de 2025. "Portanto, já que fui eu quem escreveu a letra e devo saber do que ela realmente trata, a partir de janeiro de 2025, minha esposa começará a processar cada organização de notícias que falsamente se refira a 'Y.M.C.A'. como um hino gay, seja em suas manchetes ou em alusões dentro das matérias, com base na ideia de que a letra sugere atividades ilícitas, o que não é o caso".
"No entanto, não me importo que os gays considerem a música como seu hino", ponderou.