Ao lado do Museu do Amanhã, o palco do Festival Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza iniciou a programação pedindo por um futuro melhor. Em pleno feriado de Proclamação da República, o evento mais ‘pop’ do G20 lotou a Praça Mauá, no Centro do Rio de Janeiro, mesmo com uma chuva forte ao final do dia.
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Segundo dia foi dedicado ao samba
As grandes atrações da noite foram estrelas como Zeca Pagodinho, Roberta Sá e Mariene de Castro. Isso porque cada dia da programação do festival tem um gênero musical como tema. Nesta sexta-feira, 15, o escolhido foi o mais carioca dos ritmos: o samba.
A apresentação foi batizada de ‘O show tem que continuar’ e começou logo com o veterano do samba, Zeca Pagodinho. O cantor foi o que ficou menos tempo no palco, mas foi o responsável por juntar uma multidão ao redor do palco a partir das 18h50. No repertório, ele cantou sucessos incontestáveis, como ‘Deixa a vida me levar’, ‘Coração em desalinho’ e ‘Verdade’.
O show do carioca era esperado até mesmo pelos ambulantes que vendiam as bebidas no local. Zeca se despediu sem alarde, convidando a baiana Mariene de Castro para subir ao palco e deixando o espaço pouco depois. A cantora segurou a plateia já ‘quente’ e manteve o ritmo, com canções como ‘Ponto de Nanã’ e ‘Oxóssi’.
Depois, foi a vez de Pretinho da Serrinha, que guiou a cadência da orquestra que acompanhava os artistas do line-up. O sambista comemorou o prêmio de Melhor álbum de samba que ganhou no Grammy Latino na quinta-feira, 14. O título foi para ‘Xande Canta Caetano’, interpretado por Xande de Pilares e produzido por ele.
A partir daí, a programação foi toda feminina. Nomes como Roberta Sá, Teresa Cristina e Maria Rita levantaram o público na Praça Mauá, mesmo após a chuva começar a cair no local. A água, aliás, virou até recurso ‘poético’ para a filha de Elis Regina, que cantou ‘Água de chuva no mar’, de Beth Carvalho, enquanto os cariocas eram molhados pelas gotas.
Junto à ministra da Cultura, Margareth Menezes, as cantoras encerraram a noite cantando a música-título do dia, ‘O show tem que continuar’. A responsável pelo Ministério da Cultura reforçou a motivação do festival e ainda brincou com sua posição atual.
“Isso não é apenas um festival. É uma mensagem do que queremos. Queremos um mundo mais justo e sustentável. Viva o Brasil, viva o nosso presidente Lula, viva o Rio”, celebrou. Na hora de cantar, Margareth avisou: “Neste momento, como ministra, mas meu coração é de artista”.
Gritos de ‘Lula’ e beijo de Janja
Apesar da presença de grandes estrelas do samba, quem recebeu a maioria dos gritos eufóricos da plateia foi o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que sequer estava no local. A cada vez que alguém agradecia ou citava o presidente, um coro forte de ‘olê olá, Lula’ podia ser ouvido na Praça Mauá. A empolgação aumentou quando a responsável pelo evento, Janja da Silva, apareceu no palco.
Como anfitriã, a primeira-dama encerrou a noite agradecendo ao público e chamando as artistas de volta ao palco para o último número.
No fim, ela mandou até um recado a Lula: “Queria mandar um beijo para o meu amor que está em casa assistindo a gente, beijo, amor! Amanhã ele está aqui com a gente”, levando a plateia aos gritos. O presidente deve participar do Festival Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza neste sábado, 16, após o evento de encerramento do G20 Social.